Eda YildizEu comando minha própria empresa e sempre trabalhei muito para obter o sucesso que tenho, mas trabalho duro para mim não quer dizer acordar cedo. Eu odeio com todas minhas forças aquelas pessoas dispostas e felizes pela manhã, eu malmente falo bom dia, definitivamente não sou alguém matutina.
A rotina na casa do meu pai é contrária à minha, minha madrasta e sua filha são tão escandalosas que poderiam acordar alguém lá em Mardin tamanho é o volume de suas vozes.
Eu cubro minha cabeça com o travesseiro lembrando como vim parar nesse hospício.
Eu perdi minha mãe quando tinha seis anos de idade, e em uma das poucas vezes em que meu pai conseguiu me visitar no colégio interno da França, ele conheceu a Francesca, se apaixonou e casaram logo em seguida.
Para mim foi o fim do mundo, ele só tinha ficado dois anos sozinho e de repente já aparece com uma outra mulher e se não bastasse ela trouxe uma filha de três anos a tiracolo. Francesca também era viúva, e sua filha Ceren ainda era um bebê quando seu primeiro marido faleceu.
Meu pai queria me dar uma mãe, e achou que a francesa afetada Francesca Basar seria essa pessoa, doce ilusão. Não que ela me odiasse, apenas nunca fez questão nenhuma de me amar. Como eu estava longe de casa, sua filha Ceren tomou um espaço que me pertencia, isso na cabeça de uma criança tão pequena foi difícil de superar. Mesmo agora, quase vinte anos depois, eu ainda sinto que não superei totalmente.
Eu e papai éramos inseparáveis, ele era o meu herói e o pai mais amável do mundo. Até que começou a trabalhar incansavelmente, eu sabia que ele fazia isso para me dar conforto e uma vida melhor, mas a única coisa que eu queria e precisava era da sua companhia. Então chegou o dia em que papai não tinha mais tempo para mim, passou a faltar nossos encontros no internato e o trabalho sempre era desculpa para não me pegar nos feriados. Eu não podia sair da França com frequência, e tive que me acostumar com a solidão mesmo estando cercada de pessoas.
Sofri um acidente de carro meses antes da morte da minha mãe, nós estávamos juntas quando aconteceu. Com a estrada cheia de neve, mamãe perdeu o controle do veículo e derrapamos até colidir em um poste de iluminação, com o choque o meu cinto desprendeu fazendo eu ser arremessada para fora do carro. Foi um milagre eu ter sobrevivido, mas ao cair no chão eu sofri um trauma em uma vértebra da coluna e passei por um duro tratamento até recuperar o total movimento das minhas pernas.
Mustafá bey pagava uma fortuna com as minhas despesas médicas e com um colégio interno que tinha estrutura para me receber, ele continuou na Turquia e fez seu negócio crescer em uma velocidade incrível. Não foi preciso me contarem, eu sei que minha avó o ajudou, mesmo ele sendo o marido suburbano de sua falecida filha, a união dos meus pais foi algo que ela sempre fez questão de deixar claro que não aprovava. Semiha Yildirim fez isso por mim, sua única neta, a lembrança viva de sua linda filha.
Saio dos meus pensamentos e levanto da cama, hoje será um longo dia. Desço para o café da manhã e todos já estão na mesa.
- Günaydin – cumprimento todos e dou um beijo no rosto de meu pai.
Conversamos amenidades por um tempo, até que eu busco saber como estão os negócios na empresa de papai, ele ama falar sobre seu sucesso e o fato de me interessar pela empresa que um dia será minha o agrada bastante. Quando estava terminando minha refeição Francesca começa.
- Edacim foi uma surpresa sua chegada na festa de ontem – fala minha madrasta – Você pretende ficar por muito tempo? – ela repara que foi indelicada e se corrige na hora – Eu pergunto para nós prepararmos melhor sua acomodação!
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VOCÊ É MINHA
FanfictionEda Yildiz e Serkan Bolat são dois arquitetos famosos que não possuem nada em comum, além é claro, do ódio mútuo que sentem um pelo outro. Ele a considera uma louca inconstante, já ela tem certeza que ele não passa de um robô insensível! Porém a atr...