Capítulo 17

195 13 0
                                    


                                                           (Flórida) 1697...
                                 
Dia chuvoso o medo é visível, continuo presa nesse porão sujo e imundo enquanto todos estão no salão de festas dançando e se divertindo, só queria ser uma adolescente normal e aproveitar a vida. Em sete meses farei dezesseis anos, minha mãe está animada para que eu arrume um marido, mas e se eu não quiser me casar? Por quê eu tenho que casar tão jovem? Odeio isso, ultimamente meu pai vem chegando em casa bêbado demais e desconta toda a sua raiva em mim com tapas e discussões. As vezes ele tentava bater em Arthur mas era impedido por mim ou pela a minha mãe, as vezes minha mãe acaba sofrendo mais do que qualquer um.

Estou cansada, não consigo dormir edireto e ultimamente estou vendo coisas como vultos e ouvindo vozes, parece loucura mas a voz que mas me atormenta é a da minha irmã desaparecida, as vezes eu fico assustada mas acho que são paranóias minhas.

Rita entrou para dentro do porão e me puxou pelo braço me fazendo acordar de um pesadelo medonho.

— Ayanne minha querida ande de pressa, tome um banho e use este vestido — Rita me entrega um vestido e eu reviro os olhos.

— Por que tenho que usar essa coisa velha? — pergunto me dirigindo ao banheiro que havia nesse local.

— Não é velho, só é antigo mas está bem conservado — a mesma se senta sorrindo alegremente.

— Ok, mas velho e antigo não são a mesma coisa? — pergunto e a mesma sorrir — Mas por quê eu tenho que usar isto?

— Ah dois pretendes que estão ansiosos para lhe conhecer — a mesma sorrir batendo palminhas, sinto meu coração bater mais forte.

— O-o que? Mas eu nem fiz dezesseis anos ainda. — questiono sentindo falta de ar enquanto vestia meu vestido.

— Ande minha querida não faça perguntas das quais não tenho respostas — a mesma abre a boca ao me ver sair do banheiro usando o vestido.

Ele era vermelho com mangas brancas, com um leve decote que ia da minha coxa até meu tornozelo, me senti usada, não sei explicar, vozes na minha cabeça me diziam que eu era uma idiota, e que eu que deveria ter morrido no lugar de Agatha.

Me sentei no banco desabotando os botões que fechavam a gola do vestindo em minha garganta, falta de ar era apenas isso que me sufocava, ou era pelo menos isso que eu pensava.

Depois de alguns minutos com falta de ar gritei o mais alto de que pude para aliviar aquele sentimento de culpa.

[...]

Rita praticamente me arrastou para essa festa, minha mãe estava conversando com duas famílias que moravam em um País distante, comecei a andar pela festa a procura de algum rosto familiar para interagir, logo encontro olhos verdes me encarando de longe, naquele momento me senti uma obra de arte comecei a caminhar com um sorriso malicioso em meus lábios o mesmo sorrio de lado e começou a me seguir, uma música romântica começou a tocar e alguns homens velhos e outros mais jovens começaram a me chamar para dançar, porém eu recusei todos os convites. Enquanto bebia um vinho sem álcool encostada em uma parede observando os casais dançarem sinto alguém tocar no meu braço naquele momento meu corpo estremeceu com seu toque, me viro e me deparo com o mesmo rapaz de mais cedo que me encarava.

— Boa noite srt, por favor dance comigo? — o mesmo sorrir e eu assinto.

— Como se chama? — perguntei próximo ao seu ouvido o mesmo respirou fundo.

— Darlan Pluviel filho do presidente de Nova York, e a srt?

— Ayanne Miller — o mesmo me puxa para mais próximo de seu corpo me causando arrepios com seu toque suave em minhas mãos.

Converssamos por mais alguns minutos até a música parar de tocar, logo outra música começou a tocar e foi a hora que um homem me puxou para o seu aperto contra a minha vontade, quando o fitei percebi que era o Duque da  Inglaterra um ser meio intrigante e muito belo, tentei me soltar mas foi inútil, ele era mais forte e eu estou a três dias sem me alimentar direito então estou muito magra e fraca por falta de nutrientes.

O mesmo sorriu sarcástico e eu revirei os olhos, começamos a dançar o mesmo aliviou mas o seu toque me soltando de seu aperto aos poucos, decidi não revidar então deixei apenas a música me conduzir.

— Desculpe-me por essa entrada um pouco agressiva, não costumo dividir o que futuramente irá me pertencer — o mesmo coloca um sorriso sutil em seus lábios grossos e sem cor, naquele momento arquiei uma sobrancelha o encarando sem mudar ninha visão.

— Como assim, vossa graça?

— Digamos que eu sou um dos vários homens que estão aguardando para lhe conhecer — diz e eu me solto de seu aperto.

— Mas do que diabos a vossa graça está falando?

— Ah por favor querida, não me diga que não sabes? — pergunta ironicamente e eu nego com a cabeça — Está vendo todos estes homens e rapazes lhe observando? — pergunta novamente e eu assinto — Todos eles estão interessados na senhorita — diz sorrindo pra mim e eu sorrio sem humor.

— Ah por Deus, por quê alguém estaria interessado em minha pessoa? — pergunto rindo e ele me encara confuso.

— Não estão interessados na senhorita visualmente, estão interessados em construir uma família com a senhorita — diz sorrindo irônico e eu engulo em seco.

— Rita disse-me que serião apenas dois pretendentes, por quê ela não me avisou que este baile é uma armadilha de noivado? — resmunguei mas para mim mesma, porém o Duque escutou.

— Ah não sinta-se usada minha querida, ela lhe disse a verdade, apenas dois destes homens incluindoo eu, terão o prazer de conhece-la melhor se é que me entende, e a senhorita irá escolher apenas um desses dois homens para ser o seu noivo — o mesmo estende sua mão e eu arqueio uma sobrancelha.

Me afastei pois me senti incomodada, me sentei em uma poltrona respirando fundo, todos estes homens estão aqui por um só motivo fingirem uma boa pinta para entrar na vaga de dois cavalheiros dos quais tenho que escolher apenas um para ser o meu noivo. Isso é horrível! Eu não quero me casar, mas não tenho escolha.

Jennie aproximou-se e sentou ao meu lado segurando minha mão, converssamos sobre os homens que estavam no salão de festas, ela me explicou sobre o seu casamento forçado com o meu pai, ela disse-me que eu deveria me sentir premiada por ter a chance de escolher, ela não teve essa chance pois seu pai escolheu por si o seu prentendente, e uma semana depois ela estava em Cacun em sua lua de mel, senti sua dor transbordar pelo meu peito. Coitada da minha mãe, ela não se casou por amor e sim por mais... poder? Pelo o que entendi meu avô queria se tornar o visse prefeito da cidade da Virgínia, mas para isso ela teria que se casar com o filho do prefeito para fazer uma aliança entre as duas famílias, odeio tudo isso.

Minha mãe me abraçou e depois disse-me que o Darlan seria uma ótima escolha, assim eu evitaria dançar com aqueles velhos babões e aqueles garotos metidos, palavras dela não minhas, mas por outro lado ela disse que se eu me casasse com o Duque eu seria a duquesa do país Inglaterra o que seria até legal, mas eu não gostei muito dele, ele parece ser um tipo de cara possessivo e arrogante, já o Darlan parecia ser um rapaz adorável e gentil talvez um pouco sombrio mas eu não ligo pois eu também sou.

Caminhei até o Adalberto com raiva guardada em meu peito fingindo felicidade ao chegar próximo do mesmo, coloquei um sorriso forçado e o contei que escolhi dois rapazes pelo os quais terei que escolher apenas um para ser o meu noivo.

                              *continua no próximo capítulo*

Obrigado e votem!🤍

Um Novo Começo | Klaus Mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora