Capítulo 19

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                                                             (Flórida) 1700...

Dezoito anos, porquê não estou animada para uma festa? simplesmente não sei. Faz um mês que estou trancada dentro do meu quarto, só saio para me alimentar e volto novamente para o quarto, minha mãe está preocupada as vezes ela tenta conversar porém eu não dou liberdade, meu pai voltou a brigar comigo, brigamos todos os dias porém eu o chamo de um "filho de uma meratrix" me tranco no quarto e fico escutando ele me chamar de louca, estou em uma fase em que todos os dias eu procuro uma maneira de me matar, porém é como se algo me protegesse, eu simplesmente não consigo morrer! O que me deixa irritada e transtornada ao ponto de todos dias trocar os móveis do meu quarto, pois eu quebro absolutamente tudo. Deitada observando o teto, me culpando por não querer sentir nada, na verdade faz anos que eu não sinto mais nada, com a morte de duas pessoas importantes eu simplesmente acabei com tudo que me lembravam elas e agora estou melhor sem me lembrar que elas são ou o que elas foram para mim.

— Ayanne querida, posso entrar? — a voz de Rita ecoou pelo meu quarto.

— Entra! — disse baixinho e a porta se abriu dando passagem a uma figura feminina.

— Sua mãe cancelou a festa do jeitinho que você pediu — comentou e eu respirei fundo.

— Perfeito! — exclamei sorrindo de lado.

— Tenho uma ótima notícia! — Rita disse sorrindo e se sentou ao meu lado.

— Se for mais algum presente eu juro que irei...— não consegui terminar a frase pois a mesma me interrompeu.

— Tenho certeza que esse presente você não vai recusar — Rita disse e eu revirei os olhos.

Em questão de segundos Rita me arrastou para o lado de fora, a mesma desceu as escadas e eu fiquei parada tentando escutar algo porém estava um silêncio constrangedor, de repente uma figura masculina surgiu no final da escada, meus olhos não acreditavam no que viam, era o meu irmão, só que diferente, ele estava mais forte e alto, fazia cinco anos que não o via, o mesmo abriu os braços e sem pensar duas vezes desci as escadas correndo logo em seguida pulei rodeando minhas pernas em volta de sua cintura.

— Merda! — xinguei afundando minha cabeça em sua curvatura.

— Sentiu minha falta? — sua voz rouca e grossa entrou pelos meus ouvidos me fazendo sorrir.

— Hormônios, o que vocês fizeram com o meu irmãozinho? — dei um tapa em sua cabeça e nos afastamos.

— Estou um gostoso eu sei — Arthur disse e eu dei uma risada escândalosa.

— Pra mim você sempre será aquele magrela desnutrido — o mesmo socou leve meu ombro o que me fez chutar sua perna, novamente nos abraçamos — Senti sua falta — disse baixinho.

— Também senti a sua falta irmã — o mesmo sorrio e nos afastamos novamente — Feliz aniversário — Arthur disse sorrindo calmo.

— Obrigado por vimr irmão — disse e o mesmo me mandou uma piscadela divertida o que me fez revirar os olhos profundamente.

— Então, cadê todo mundo? Pensei que seria uma festa e tanto — o mesmo sorriu e eu fechei a cara.

— Não irei me sentir bem com tanta gente a minha volta — disse olhando para os meus dedos e o mesmo levantou minha cabeça.

— Sinto muito! — o mesmo disse, senti lágrimas inudarem meus olhos, apenas assenti — Hey, vem cá! — o mesmo me abraçou, tentei me soltar mas foi em vão, quando menos percebi minhas pernas fraquejaram enquanto eu chorava sem parar.

Um Novo Começo | Klaus Mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora