Capítulo 22

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Enquanto Hope tentava abrir a janela, Ayanne se colocou diante a porta para mantê-la fechada. Stefan estava cada vez mais próximo ao quarto em que as garotas estavam, Stefan estava prestes a abrir a porta— Stefan, vem aqui em embaixo. Caroline encontrou o que nos causou suspeitas— Damon gritou— Lembrando que eu ainda sou um vampiro, não precisa gritar Damon. Então, e o que é?— Stefan perguntou— Um coiote, colocamos ele para fora— diz Damon bebendo seu bourbon— Menos mal— diz Stefan no andar debaixo.

As garotas suspiraram aliviadas, enquanto pensavam em um feitiço para poder conseguirem tirar as coisas de Ayanne da mansão dos Salvatores.

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Ayanne Miller

— Nos livramos por causa de um coiote? — Hope pergunta indignada.

— Não reclama garota, agradeça aquele animal por nos livrar de um constrangimento — digo respirando profundamente.

Hope andava de um lado para o outro sem parar, enquanto eu revirava uma das minhas malas.

— Já usou calcinha de renda? — pergunto balançando minha calcinha de renda vermelha sorrindo de lado, a mesma me ignorou — Uma dica, as vermelhas e as pretas são melhores. Confia na tia Anne, isso deixa os homens piradinhos — sorrio maliciosa, a mesma revira os olhos.

— Pelo amor de Deus Anne — a mesma me repreende estressada.

— Hope, você está se sentindo bem? — pergunto a encarando com uma expressão preocupada.

— Estou ótima...vamos nos concentrar? — a mesma pergunta, faço bico indignada voltando minha atenção para algo que estava fazendo — Já sei, posso fazer um feitiço de teletransporte. Assim nós nos teletransportamos para aquela tumba até acharmos algum lugar para você ficar — Hope diz, enquanto eu organizo em silêncio minhas malas.

— Ok, então se apresse. Eles não vão demorar muito até sentirem nossa presença novamente — digo e Hope assente.

A mesma em questão de segundos abriu uma passagem onde reconheci aquele local, pegamos minhas malas e atravessamos.

— Consegui! — a mesma diz sorrindo.

— É bruxinha, conseguil — digo após sentir uma dor imensa na minha cabeça — Acho que vou dormir, estou cansada demais — me deito sobre o chão a mesma repete o movimento ao meu lado — O que? Não. Caminha, volta para a sua escola enquanto ainda é cedo — me viro de costas para a mesma.

— Nem pensar, vou dormir aqui com você — a mesma diz e eu sorrio de lado.

— Ok então boa noite — fecho meus olhos.

— Boa noite mãe...— a mesma diz com uma voz baixa e sonolenta, me viro para a mesma.

Hope havia pegado no sono enquanto eu a olhava, a garota na minha frente me disse que sua mãe não vinha lhe buscar a dois finais de semanas, e isso estava a preocupando. A mesma não recebia ligações e nem algum aviso se estava tudo bem. A mesma só não ia a Nova Orleans por minha causa, ela disse que não me deixaria aqui. Isso mexeu comigo.

                                              ∞

No dia seguinte, acordei super cedo. Fiquei no lado de fora me alimentando de pequenos animais indefesos, claro que ainda estou com fome, porém não tive oportunidade de sair e me alimentar de sangue humano. Além de que eu sei que a minha sede não é de sangue humano, e sim de sangue vampireresco.

— Oi, você não me acordou, esqueceu que eu tenho aula? — Hope se pronuncia aproximando um pouco brava, sua expressão me fez sorrir.

— Bom dia pra você também Hope — digo sentada sobre um tronco atirando pedrinhas nas flores.

— Desculpa, é que realmente preciso ir a escola Salvatore. Bom, claramente ninguém notou a minha falta já que eu não tenho muitos amigos — a mesma diz e eu a encaro incrédula.

— Como assim? Uma menina linda e inteligente não tem amigos? — dou espaço e a mesma senta ao meu lado.

— As gêmeas contam como quase amigas? Na verdade elas me odeiam por causa que o pai delas me da muita atenção, sabe ele me ensina a lutar e essas coisas — a mesma suspira.

— Elas precisam de um tempo com o pai, se você quiser eu posso te ensiar alguns golpes — reviro os olhos dando um soco de leve no ombro da mesma.

— Eu realmente gosto da companhia dele, meu pai não é assim comigo — diz baixando a cabeça.

— Seu pai deve ser um babaca — digo levantando seu rosto — Mas ele é o seu pai, entenda o lado das gêmeas. Elas ficaram anos sem o pai delas — a encaro e vejo seus olhos enchendo de lágrimas — O que foi? — pergunto.

— Você não entende, o meu pai me abandonou por sete anos. Eu entendo a dor delas, na verdade mais do que ninguém — a mesma me olha e eu a encaro confusa.

— Como assim ele te abandonou por sete anos?

— Não importa agora, ele teve que ir por causa das bruxas. Mas eu não consigo o perdoar, entende? — pergunta e eu a puxo para um abraço.

— Entendo perfeitamente querida — a aperto um pouco e depois a solto, limpo suas lágrimas e ela sorrir sem jeito.

— Eu tenho que ir, não fuja — se levanta e sai.

[...]

Nesse mesmo dia, fui a um lago e tomei um banho.  Me arrumei e fui ao grill, para a minha tristeza profunda, encontrei os dois casais sentados em uma mesa do grill, os mesmos estão sorrindo e conversando entre si. Me sentei em um banco em frente ao balcão e fiquei sentada escutando a converssa deles.

- Gente, por acaso assim, as vezes vocês sentem como se algo ou alguém tivesse desaparecido? Ou talvez apagado das nossas vidas? - Caroline pergunta.

- É isso que eu tentei dizer a semana toda a vocês, as vezes me pego pensando se eu já perdi alguém muito importante - Damon diz revirando os olhos.

- Isso é coisa da cabeça de vocês - Stefan diz.

- Não Stefan, não é, também me pego pensando nisso de vez enquanto - Elena diz sorrindo leve para Damon.

- Bom, vinhemos aqui para curtir. E não falar sobre coisas estranhas - Caroline diz.

- Vamos beber? - Damon pergunta e todos assentem.

- Um brinde - Caroline diz e os três a olham - Ao meu noivado com o homem mas maravilhoso desse mundo - diz encarando Stefan o mesmo sorrir a beijando.

- Que viva a eterna felicidade dos pombinhos - diz Damon e Elena da um pequeno soco em seu braço o fazendo revirar os olhos.

Então os quatro brindam. Me virei por um momento para os encarar, eles pareciam felizes, na verdade muito felizes, principalmente Caroline. Tenho certeza que será um lindo casamento. A única que coisa que eu não parei de pensar "Não vou ser a madrinha, que saco!" Pensei enquanto acenava para o garçom me trazer uma bebida qualquer.

Fiquei horas bebendo, meus amigos já haviam ido embora, antes que eles saissem os olhei uma última vez, Damon me encarou mas depois seguiu seu caminho.

Voltei para a tumba e fiquei sentada sobre a pedra lendo um grimório que a Hope havia me dado apenas para me distrair. A todo instante sentia como se tivesse alguém me vigiando, era uma sensação um tanto esquisita, pois eu não senti uma presença sobrenatural. Mas podia sentir olhos me vigiando onde quer que eu fosse.

Obrigado!🤍

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