Doze horas após a ida à vila.
--Soldados recuem!!!!!!!!!!!!!!! Essas foram as últimas palavras do seu capitão antes de ver sua cabeça sendo removida do seu corpo em um corte limpo, enquanto passava rolando por ele em seguida com o corpo, tudo que se via era apenas um completo massacre das tropas de DROGHUZ, entretanto as tropas do império organizados e montados nos seus dragões escuros com sua tropa de cavaleiros alados com suas armaduras vermelhas cor de rubi, capacetes em formato de lobo e suas túnicas escuras, dilacerando as tropas do oitavo batalhão considerado o mais forte do continente pagão, um cavaleiro dragão vem em sua direção enquanto começa a gritar com sua espada de ferro e com seu escudo de madeira correndo em direção ao dragão.
Seus olhos se abrem, seu corpo está ofegante, uma respiração pesada, olhando pro lado da cama vê sua filha, com o corpo quente, com um pequeno pano sobre a cabeça.
-Kurn, é só uma febre ela vai ficar bem, nossa filha é bem forte, o que ela pode ter visto ou falou que viu, foi devido à febre dela, vamos lhe dar um tempo, e você precisa dormir e eu como sua esposa preciso de você nessa noite!
Enquanto observa às Duas luas iluminando a noite de uma forma bela, memórias do passado vem a sua mente sobre seus anos de guerra contra o Império, e do fatídico encontro na Floresta do Norte, seu corpo começa a tremer só de lembrar daquele momento. -Kurn venha para a cama, sua mulher precisa de você de novo, com um leve suspiro, ao mesmo tempo que sangue é jorrado da sua boca e uma dor absurda na sua barriga, ao olhar para baixo consegue ver a região perfurada por uma espada, enquanto tenta falar ou pedir socorro, acaba se engasgando com seu próprio sangue, suas costas são chutadas, caindo de frente ao piso na porta de sua própria casa, enquanto escuta palavras sendo proferidas
--O IMPÉRIO SEMPRE IRA SE SOBRESSAIR, VIDA LONGA AO REI!
Seus olhos começam a se fechar e tudo que vem a sua mente é sua filha, memórias das primeiras palavras dela, chamando-o de papai pela primeira vez, momentos onde brincavam na lama, iam ao lago pescar e nadar, pequenas lagrimas escorrem pelo seu rosto enquanto sua última memória foram palavras de sua filha-PAPAI quando eu for mais velha quero ser alguém forte e capaz de proteger você e mamãe, e suas últimas palavras são — DESCULPA FILHA.
Quatro MESES APÓS a morte de seu pai, sua mãe foi considerada suspeita, condenada e enforcada na vila, enquanto via sua própria mãe sendo enforcada e culpada por algo que ela mesma sabia que não tinha sido ela, vendo sua mãe se debater e gritando-NÃO FUI EU, NÃO FUI EU , não teve momento de choro, nem momento de tristeza apenas o choque, seu corpo não reagiu, em um completo estado de paralisação vendo, enquanto as pessoas ao seu redor gritavam CULPADA, CULPADA!!
Todas as noites o mesmo sonho, todas as noites lembranças do dia que sua mãe foi enforcada. Viver sozinha não foi fácil, foi obrigada a fazer coisas que mancharam seu corpo para toda sua vida para ter seu sustento e conseguir sobreviver. Seu corpo toda vez que se olhava no espelho emagrecia cada vez mais, seu rosto definhava, com uma expressão vazia.
Sempre sentava a porta de sua casa à noite, pensando sobre sua família nos momentos que viveu, e em um piscar de olhos tudo se foi, seu pai e sua mãe, mas não conseguia chorar por mais que tentasse por mais que se sentisse triste seu corpo não chorava, apenas lembrava das pessoas que a incriminaram, o príncipe principalmente por ter dado a ordem de execução, o carcereiro que puxou a corda, aos nobres que assistiam tudo rindo nas suas cadeiras ricas bordadas de pedras e peles de animais, e do barão de GRIGH, naquele momento enquanto tocava o colar que lhe foi dado, apenas raiva cobria seu corpo, e sentimento de vingança.
Enquanto esse sentimento estava no seu corpo, aproveito para gritar diante das estrelas e da presença dos deuses:
EU LORTRAH FILHA DE KURN E DE KAHHILDA IREI MATAR TODOS ELES, MATAREI TODOS ELES, E COMEREI SUAS ENTRANHAS ENQUANTO PISO SOBRE SUAS CABEÇAS, JURO PERANTE TODOS OS DEUSES AQUI PRESENTE E TODOS PASSADOS AOS DEUSES VELHOS E NOVOS, QUE MATAREI TODOS ELES.
Após gritar aos céus, um corvo sai das árvores sobrevoando por cima de sua cabeça indo ao desconhecido. Naquele momento sua vida começou a ter um único foco, conseguir completar seu objetivo não importando os meios necessários.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Estrada do Luar
FantasyA história se passa no ano de 159 da quarta era pagã no continente de Azurmane. Onde pessoas são vistas como nada na mão de nobres, onde tramas e guerras são feitas apenas pro bem feitor de um Deus. Um mundo onde pessoas fracas são usadas e sofrem...