Enquanto observava a fortaleza de Grigh o anoitecer da cidade caia sobre sua cabeça, lentamente a noite tomava forma.
Se perguntava se realmente deveria ir visitar Brethana e ter uma bela noite, com o cair da noite em alguns minutos, junto de uma chuva forte, acaba não tendo outra alternativa além de ir até à estalagem quatro torres, pensavam em pernoitar em algum canto ao ar livre, mas com a chuva era impossível.
Olhava para os lados e via as pessoas correndo para suas casas, a lama se formando com a chuva por toda a cidade, grandes poças se formavam.
----SAIAM DA FRENTE‼! Um forte grito é escutado, vindo de suas costas, ao olhar para trás via cavaleiros indo em sua direção, se afasta um pouco da estrada para dar espaço. Enquanto eles passavam seus olhos focaram apenas em uma única pessoa, Luk Garg, estava entre eles, por um único segundo seus olhos se encontraram naquele momento seu corpo sentia uma raiva incontrolável, lembrava de ver sua mãe sendo enforcada injustiçada, dos chicotes que bateram em suas costas quando ainda era uma criança, e olhava para ele que ria constatando a cena, uma pessoa que estava marcada em sua vingança. Todos os cavaleiros passaram logo em seguida e seguiam para a Fortaleza de Sangue.
Acompanhava com seus olhos o grupo indo até onde seus olhos acompanhavam, mas sabia bem para onde eles iam, só tinha um local para ir por aquela direção. Sua mente começou a entrar em seu próprio dilema, pensava na missão que foi designada e algo dentro de si, dizia que o Luk sabia da resposta, mas seu coração falou mais alto e isso a acalmou.
"Minha doce filha, minha doce criança, a vida é feita de pequenas escolhas, não se arrependa delas, viva para amar e ser amada!" Lembrou das palavras de sua Mãe Freyah, com seus lindos cabelos escuros que caiam sempre ao seu rosto quando ela beijava sua testa antes de ir dormir.
---Obrigado mãe, por sempre estar comigo! Agradecia, enquanto passava a mão em sua testa, lembrando do calor do toque dela.
Com a chuva se tornando mais intensa, continua indo para a vila do leste para achar a estalagem onde Brethana se encontraria.
Enquanto caminha por grandes poças de lama na rua, ainda vê algumas pessoas na rua, a maioria eram pessoas sem casa que viviam nas ruas da cidade.
Grandes estrondos vêm dos céus durante a chuva, tão alto quanto cem mil tambores sendo batidos em simultâneo, grandes clarões correm os céus, iluminando as ruas e a cidade, uma forte tempestade cobre Grigh, como se os deuses estivem chorando por uma perda, olhava para os céus e se sentia triste naquele momento.
Ao olhar para frente, e com a luz originada por um raio conseguiu observar a placa de madeira da estalagem quatro torres, enquanto caminhava em sua direção estava conseguindo ver as luzes dos candelabros sinalizando onde ficava o local.
E em um piscar de olhos, sentia um forte agarro em seu braço, ao se virar para ver quem era que a tinha segurado, uma faca atravessa seu peito, a dor vem logo em seguida, enquanto a faca é retirada em seguida é esfaqueada novamente, e novamente, e novamente e novamente, seu corpo já não sentia mais nenhuma dor, não conseguia ficar mais em pé apenas o homem que a segurava conseguia a manter ali.
---Vida longa ao império, morra e vá ao encontro do seu pai, sua amiga a espera também. Essas foram as últimas palavras escutadas antes da faca perfurar seu coração. No mesmo instante um forte trovão é escutado dos céus tão alto que parecia que todo o mundo sentia aquela perda.
Logo em seguida o homem que a segurava, a solta ali mesmo, e parte na escuridão causada pela forte chuva, seu coração gradualmente começa a bater com menos força, olhava para seu peito via o sangue escorrer por seu corpo.
---Eu estou com medo, com muito medo, não quero morrer, pai, mãe, me ajuda, está doendo. Eu não quero morrer agora. Está doendo muito, socorro, me ajuda papai, mamãe. Começa a chorar, mas as lagrimas não saem, sua voz é ofuscada pelo forte barulho da chuva, aos poucos seus olhos começam a se fechar, e em seu último suspiro a visão de seus pais a recebendo de braços abertos acalma seu coração, e com um sorriso no rosto.
---Mãe, pai cheguei! E essas foram as últimas palavras de Lortrah, antes da vida sair de seu corpo
---Brethana ela não virá, vamos dormir que é melhor. Horros que já estava cansado da investigação de hoje, começa a se preocupar com sua superior que espera uma mulher que talvez nem virá.
---Com essa chuva eu duvido muito que ela venha, amanhã procuramos por ela, e se não achar temos que partir, nossa missão acabou. Leogold completa dando mais sentido e também mostrando sua preocupação com ela.
---Realmente vamos descansar amanhã vai ser nosso último dia. Brethana fala, enquanto olha para a entrada da estalagem, com uma feição triste e preocupada com Lortrah.
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A Estrada do Luar
FantasyA história se passa no ano de 159 da quarta era pagã no continente de Azurmane. Onde pessoas são vistas como nada na mão de nobres, onde tramas e guerras são feitas apenas pro bem feitor de um Deus. Um mundo onde pessoas fracas são usadas e sofrem...