---Sente-se, precisamos conversar. Uma ordem direta é direcionada a Lortrah, uma pessoa desconhecida estava sentada ali, um homem de meia-idade, um cabelo curto escuro, com uma barba bem feita, com lindos olhos castanhos, aparenta ter uma boa fisionomia, só de olhar consegue dizer que ele possui um tom nobre, com sua forma de sentar e de se portar.
Se dirige a uma cadeira de madeira a sua frente, enquanto olha os arredores da sala, vê um quadro que representa uma cena de guerra, onde um soldado enfrentava um cavaleiro dragão, estantes de madeira com alguns livros, e uma mesa de madeira ao centro, com às duas cadeiras, ao sentar espera o homem terminar de assinar os papeis que estavam sobre a mesa.
Se passam alguns segundos em total silêncio.
---Você sabe o que nós somos? Ou o que fazemos aqui. O homem a questiona, enquanto continua a assinar os papeis sobre a mesa.
---Não, não sei o que isso se trata, nem o que vocês fazem, mas tenho uma leve impressão, porque o treinamento que eu passei não é nada simples, parecia que vocês me treinavam para.... Faz uma breve pausa, e as memórias durante o treinamento, e as coisas sobre o que se tio a falou começaram a fazer sentido, sua visão finalmente despertou.
---Eu estava sendo treinada para matar! Então penso que vocês assassinem as pessoas não? Sua resposta, era simples, mas buscava algumas respostas, existiam algumas lacunas, mas não conseguia pensar sobre as respostas para elas. Graças a todo o treinamento teórico e prático sua percepção sobre as coisas se tornaram maiores e melhores, até mesmo a forma de pensar está mais rápida.
---Você está certa e errada. A resposta do homem é dada, com poucas palavras, deixando-a mais intrigada com tudo sobre seu redor.
---Nosso trabalho, nosso grupo, organização existe com um único proposito original, nós tiramos as ervas daninha do chão, e evitamos que cresça sobre o solo fértil de novo. Você já pensou no que seriam as ervas daninhas? Ao terminar de falar seu olhar vai diretamente a Lortrah, pela primeira vez, ele a notou, seus olhos pareciam duas facas penetrando sua pele.
O silêncio volta a reinar no ambiente, e em sua própria consciência se questiona, "o que seriam as ervas daninhas", pensa a respeito do principal tema, um grupo que assassinam as pessoas. Volta a se perguntar 'ervas daninhas' o que são? 'Sei que elas atrapalham a vegetação, meu pai já me falou quando era mais nova, que só atrapalhavam e podia se espalhar contaminando outros locais'. Mas a pessoas como isso se encaixa? Ladrões? 'Não' sua mente fica nebulosa com várias perguntas, que geram mais perguntas, mas sem respostas. 'Matar ladrões não impacta, ele me falou que retiram do chão e evitam que cresça novamente'. 'Tem que ser algo que impacte aqueles que possuem influencia'? Gradualmente as respostas chegam aos seus pensamentos.
---Vocês matam Nobres! Provavelmente aqueles que são uma má influência, corruptos principalmente, mas não vejo isso como um benefício a menos que isso ajude na influência de alguém especifico. Ao terminar de falar, Lortrah olha diretamente para o homem e todas as respostas vem a sua cabeça de uma vez só. ---Você é o Rei!
---Finalmente chegou à resposta, sim, eu sou o Rei do império de Droghuz Torhal Zenthe, Primeiro de minha linhagem comandante de Rero. Ao terminar Torhal se levanta chegando a ter quase dois metros de altura.
Logo em seguida duas mulheres, cobertas por mantos brancos entram na sala, trazendo consigo equipamentos feitos de ossos, e uma tinta vegetal vermelha, colocam sobre a mesa e ficam em pé apenas esperando.
---Você receberá duas marcas uma, nas costas e uma, nas mãos e assim estará pronta. Seja bem-vinda a Ordem de Rahchris. Levanta a mão dando a ordem para às duas mulheres que acabaram de entrar fazer a marca, logo em seguida se dirige a saída da sala e fecha a porta deixando-as.
Um homem o espera vestido de uma forte armadura vermelha, com leves tons brancos dando um brilho a mais, carregando consigo uma espada de duas mãos colocada as suas costas, com a mesma altura que o rei, mas um rosto bem mais velho já aparentando ter seus mais de cinquenta anos, cabelos grisalhos, olhos castanhos, um rosto simples, mas com uma presença enorme.
---Meu Rei, o lorde Lurk Garg da cidade de Grigh chegou, e está o esperando no salão.
---Obrigado Granor, tome conta das coisas aqui, até eu voltar, preciso resolver esse pequeno impasse de modo a impedir uma guerra.
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A Estrada do Luar
FantasiA história se passa no ano de 159 da quarta era pagã no continente de Azurmane. Onde pessoas são vistas como nada na mão de nobres, onde tramas e guerras são feitas apenas pro bem feitor de um Deus. Um mundo onde pessoas fracas são usadas e sofrem...