Capitulo 26 Represália

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----TODOS SAÚDEM O REI Torhal Zenthe. um tom uníssono é ecoado pelo salão do rei, quando notam a sua chegada. Um grande salão com cores cinzas e vermelhas por toda sua extensão, grandes bandeiras colocadas sobre as grandes pilastras que contem mais de quinze metros de altura, momentos históricos pintados em quadros colocados na parede, contando a história de Droghuz, grandes tapetes pretos percorrem por toda sua extensão indo até o trono do rei, posicionada sobre uma pequena escadaria, feita de ouro, platina e diamante, diz a lenda que o trono foi forjado por anões a mais de milênios e nunca souberam porque ele estava ali, desde o começo da cidade sempre esteve presente, com sua cor única da noite, como se estivesse olhando para o céu noturno com suas incontáveis estrelas. Considerado por muitos como o salão real mais bonito do continente,

Enquanto Torhal se dirige ao seu trono, vestido com uma roupa fina bordada com pequenas joias, uma coroa preta em sua cabeça, e uma longa capa vermelha o seguindo, passa por seus convidados que o cortejam, mas segue se dirigindo ao seu belíssimo trono.

---Saiam todos, permaneçam aqueles que foram convidados. Com uma simples e direta ordem, todos que estavam no salão real, os aristocratas se retiravam junto dos servos que o acompanhavam. Em poucos segundos o salão se tornou um completo silêncio permanecendo ali, Torhal, alguns soldados que serviam a guarda real comandada por Granor, extremamente fieis ao rei e Luk Garg e berne que o esperavam.

Luk vestia sua roupa da mais fina grife, de tom escuro com um leve brilho e com lindos bordados em formatos de flores vermelhas, enquanto berne, trajava uma linda roupa escura com tons vermelhos e pretos.

---Vocês sabem, porque foram chamados aqui, não sabem? Torhal é o primeiro a se pronunciar enquanto demonstra leves sintomas de nervosismo, batendo o anelar esquerdo em seu trono, fazendo um leve ruído.

---Vocês não só queimaram a igreja enviada do império de Prolian, como o bispo da igreja está desaparecido. Fora que você Luk agiu sem nem me consultar, após a morte de seu pai Baldush.

Luk demonstra estar surpreso com ele saber do desaparecimento do bispo, mas evitou demonstrar alguma reação para não parecer suspeito, sabe da astúcia do seu rei e o quão inteligente ele é em descobrir os detalhes, muitos caíram antes dele e mais cairão depois dele, esse é um jogo mental onde os pequenos detalhes vão decidir o futuro.

---Meu rei permita...

---Não te dei a ordem para falar. Torhal o interrompe na mesma hora.

---Quando eu te autorizar, você pode falar entendido?

Luk Faz um aceno com a cabeça concordando.

---Agora eu faço uma pergunta, porquê você fez tudo isso?

Parece uma simples pergunta, mas Luk sabe que a depender do que responder não vai conseguir ver o nascer do sol. Começa a pensar em possíveis repostas.

---Após eu presenciar meu pai ser assassinado a mando da igreja, fui tomado por uma fúria, meu pai sempre o amei, e sei que não deveria ter agido daquela maneira, mas ainda sim, eu o fiz porque sabia que aquilo significava uma coisa. A paz acabou! O senhor estava no dia da guerra nos campos de rerogol próximo à cidade de Rero, eu era uma criança, mas eu vi o que aconteceu após a nossa derrota, nós tivemos um período de paz é verdade, mas ela estava por um fio para acabar, e isso que eles fizeram demostra isso.

Após terminar se sente extremamente nervoso, a depender da reação do rei, não voltaria para casa.

Torhal se levanta, e calmamente vai caminhando indo à direção de Luk, cada segundo ali parado parecia uma eternidade para Luk garg, se sentia preso contra uma montanha a sua frente prestes a ser esmagado, principalmente por ele ser uma pessoa alta e com um corpo forte, mesmo entre os nobres, alguém com essa estatura podem ser contados nos dedos.

---Realmente, existiam alguns relatos que eu escutava que essa aliança estaria por um fio, mesmo eu tendo me encontrado algumas vezes, com o rei Augustos Prolian. O rosto de Torhal demonstra uma leve tristeza enquanto falava. ---Bom, o assassinato de seu pai, foi uma perda terrível, eu gostava dele, era um bom líder para seu povo, você como filho espero que siga os passos dele.

---Sim meu soberano, irei seguir seus passos e viver em prol de ajudar meu povo. Luk Faz uma saudação ao terminar de falar, e Berne repete os passos que seu lorde faz.

---Você se lembra, da minha ordem, só falar quando te for autorizado correto? Tenho certeza que se lembra. Agora vai uma pergunta?

Após uma breve pausa, em silêncio Luk começa a sentir calafrios só de pensar, no que vai acontecer após descumprir a ordem real que foi dita pessoalmente, um simples detalhe pode ter destruído tudo que estava indo tão bem.

---Você prefere a mão ou o pé?

Sem entender a pergunta feita pelo rei, Luk pensa um pouco a respeito.

---Eu prefiro a mão, meu rei.

---Compreendo. Ao se virar volta a caminhar lentamente até o seu trono, subitamente para, e levanta o braço direito e aponta para o Berne.

Luk olha para Berne, que o olha também, em um piscar de olhos o pescoço de berne é perfurado por uma flecha. Observa o seu amigo, companheiro, parceiro e amante, cair no chão se debatendo e se afogando em seu próprio sangue, tentando falar, mas o sangue o impede que começa a sair por sua boca, e escorrer pelo seu rosto, com os olhos abertos, seus braços estavam levantados para a direção do Luk. Em poucos segundos a agonia, desaparece. Berne para de se debater e seu braço que estava ao alto, cai no chão.

Luk permanece congelado, a poucos segundos ele estava do seu lado, e agora estava morto, sua mente não conseguiu pensar no que ocorreu, seu corpo não reagia, tinha se tornado uma estátua humana naquele momento.

---Não fique assim, meu caro Luk Garg, eu sei exatamente o que aconteceu naquele dia com seu falecido pai, mas esse assunto será resolvido depois, graças as suas ações, em breve teremos uma guerra, e uma guerra civil iria destruir nosso país antes mesmo do combate de verdade, quando tudo acabar resolverei com você. Agora vá, se alguém perguntar sei que você dará uma resposta que irá agradar a todos. Torhal o ordena a sair, e observa enquanto Luk sai, sem dar nenhuma palavra, apenas obedece de forma silenciosa.

Após a saída dele, entra dois soldados para retirar o corpo e limpar o sangue.

''Agora que o tenho em minhas mãos, me livrei de alguns problemas, pela reação dele eu estava certo que foi ele quem assassinou o seu pai para tomar o poder, jovem estupido e ambicioso, em breve você irá cair pelas mãos da pessoa mais improvável"  logo em seguida voltava a realidade, estava se perdendo nos pensamentos.

---Sigam-no, caso ele acabe fazendo algo suspeito me reporte imediatamente, se for necessário faça o abate. Após falar, se dirige ao seu quarto. ---Agora que tudo está pronto, o tabuleiro vai finalmente se mover e em breve o xeque-mate vai acontecer.

A Estrada do LuarOnde histórias criam vida. Descubra agora