Uma grande comoção na igreja, freires e padres rezando ao seu Deus. Todos ali presente se curvavam e beijavam os pés da grande divindade.
---Senhor da luz, escutai vossas vozes, vossas preces, somos seus filhos benevolentes, feitos da sua vontade, servimos ao senhor perante sua vontade.
Enquanto escutavam sons de tambores de guerra em direção a igreja, muitos dos fies permaneceram com sua força de vontade e fé perante seu Deus.
---Irmãos, Eu, bispo Jankahn Strong, lhes asseguro que perante esse testamento divino sobre nossa fé devais permanecer unidos, nos jamais sofreremos mal algum enquanto Deus estiver conosco. Proferindo essas palavras, os seus súditos e fieis que estavam assustados começaram a ter esperança que tudo ficaria bem.
Logo após descer o pedestal onde proferiu tais palavras, com sua guarda pessoal de dez monges armados e treinados, usando túnicas escuras com pequenos tons avermelhados junto de um símbolo do sol nas costas, com os rostos cobertos por uma máscara também com formato de sol, uma regra ríspida da igreja, para aqueles que possuem uma posição importante dentro do clero, jamais revelar seu rosto nas igrejas em territórios pagãos.
---Kanne preciso que me faça um favor, diz de forma rápida o bispo sussurrando próximo a ele, você como líder da minha guarda pegue cinco dos seus homens, e sele as saídas laterais da igreja, deixe que os soldados entrem e matem todos, isso fará com que o império comece a tomar algumas medidas com esses territórios de seres não civilizados. Com um simples aceno ele entende perfeitamente e sai junto de cinco soldados o seguindo. Após dar a ordem observava os fies ajoelhados rezando a uma grande estatua de Deus de 5 metros feita de pedra polida, com uma auréola em formato de sol de trás da sua cabeça, com suas mãos fazendo símbolos que apontavam tanto para cima quanto para baixo com os dedos, aproveitando esse momento para sair pelos fundos da igreja.
Enquanto saia da igreja, conseguia escutar o barulho das portas se quebrando, dos fiéis gritando, pedindo misericórdia, piedade, gritos de dor e angustia, de carne sendo rasgada, em seguida com um longo silêncio, tudo que se escutava eram passos e os sons dos tambores, tudo se tornou um completo vazio, enquanto se dirigiam aos fundos da igreja, passando por um longo corredor escuro e úmido, paredes espessas com bastante musgo, a passagem era usada pelos apóstolos da igreja para uso de suas perversidades doentias, relatos até de crianças, vistas por esses caminhos. Memorias antigas de quando visitou o local lhe vem à mente, seu corpo começa a sentir calafrios, sua mão fica gelada, respiração ofegante, sente seu pescoço pressionado por mãos fortes e pesadas, sua respiração começa a falhar, o rosto da pessoa que o levou aparece diante dele com um belo sorriso estampado no rosto, enquanto passava a mão sobre seu corpo, mesmo com seus pedidos de socorro ninguém o ajudaria naquele momento... Logo em seguida a saída do corredor se encontra a sua frente, tudo que se lembrava foi deixado para trás, apagando seu passado, ao sair do túnel e olhar para trás observa a igreja em chamas sendo destruída lentamente, gritos comemorando a destruição é escutado através das chamas subindo aos céus, enquanto se espera o resto da sua guarda pessoal que se juntam a eles logo em seguida, partem deixando nada para trás esquecendo tudo que aconteceu e com um único pensamento em mente, "as consequências dessas ações não serão esquecidas" pensava seriamente sobre isso enquanto saia da cidade acompanhado.
Enquanto ocorria a fuga do bispo na cidade os guardas que invadiram a Igreja do Senhor da Luz, saem em duplas seguindo uma ordem cada um carregando uma pequena estaca de madeira com uma cabeça em cima, saindo aos montes soldados com armaduras cobertas de sangue vindo do massacre aos apóstolos do senhor da luz, com afeições de vitória comemorando a liberação dessa religião nas suas terras, as pessoas que observavam a saída dos soldados algumas se aproximam dos soldados agradecendo eles pela ação, mais e mais pessoas vão se juntando aos soldados para comemorar, tornando a cidade agitada mais uma vez comemorando aos antigos deuses vislumbrando a paz e a libertação da terra homenageando o pai de todos Lorkü.
Vislumbram o belo céu noturno uma lua toda branca e exuberante aos céus, tão linda e brilhante que ilumina a cidade na sua festa, com as estacas posicionadas próximas a outra, mas com espaço suficiente para as pessoas passarem e dançarem ao redor delas batidas e sons graves ecoam pelas ruas e em uma longa praça uma cerimônia se inicia, um pedestal feito para a cerimônia de carne, as pessoas ao redor do pedestal todas em silêncio, com seus rostos pintados de sangue com uma linha preta atravessando a sua testa até o queixo, tochas posicionadas em pedaços de madeira iluminam todo o local tornando-se possível avistar até as pequenas afeições de todos presentes, o novo rei vestido com uma pele de urso, desnudo, com um crânio de um veado na sua cabeça criando uma leve penumbra a quem olha ao seu rosto, trazendo acorrentado um jovem prisioneiro sobrevivente da igreja, aparenta ter seus vinte anos de vida um corpo magro, cabelos escuros e olhos escuros, rosto levemente pequeno sem cicatrizes, com seu cabelo curto e um buraco no meio do seu cabelo, sendo puxado sem sua vontade enquanto lutava para não ser arrastado tentando se segurar no chão duro de pedra e barro. Desesperado por estar em uma situação desconhecida, começando a se debater tentando se soltar das correntes que lhe prendiam, enquanto observava a sua frente a pessoa que lhe acorrentou, ignorando os seus gritos e seu desespero, cada vez mais próximo ao pedestal.
Enquanto subia ao pedestal, tirava sua pele de urso das costas, entregando a um serviçal que estava o esperando, faz um movimento com as mãos para trazer o jovem até ele, observava o jovem se debatendo e gritando em uma língua desconhecida, mas conseguia entender que os gritos eram de medo e pavor. O jovem foi amarrado em pé com suas mãos elevadas para o topo do pedaço de madeira que mais parecia um tronco bruto posicionado ali, com seus pés amarrados ao chão, ficando com as pernas abertas.
Gritos vindo da multidão começaram a ecoar na cidade, barulhos de batidas e sons foram ofuscados, o som parecia como um forte sussurro do vento atravessando a praça, os braços de todos foram levantados aos céus, suas cabeças foram abaixadas, palavras estranhas para o jovem amarrado foram proferidas, pareciam palavras grotescas aos seus ouvidos como um sussurrar de um demônio e em um simples momento os braços e as vozes param de novo.
O jovem rei pega seu machado que lhe foi dado por um ancião, usado para cerimônias possuía uma lâmina banhada em uma cor branca que refletia seu rosto nela, um cabo de uma madeira rara de cor avermelhada, enquanto se aproximada do jovem as vozes foram cessando e os braços erguidos abaixados, ao tocar o jovem acorrentado, vendo seu corpo tremulo extremamente assustado, passando o machado nas costas cortando a pele em um pequeno pedaço, deixando em carne viva gritos de dor se tornaram o único som no ambiente, enquanto as pessoas ao redor observava silenciosamente, passando a mão na carne viva a mostra retira um pequeno pedaço de carne das costas, coloca a na mão pondo-a na boca logo em seguida.
-----MEU POVO AQUI PRESENTE EU LUK FILHO DE BALDUSH NETO DE BULKLEIN CHEGO A VOCÊS TRAZENDO ESSA OFERENDA AOS ANTIGOS DEUSES LHES TRAGO ESSE JOVEM DE SUA RELIGIÃO IMPURA QUE IMPREGNOU NOSSAS TERRAS, LHES TRAGO ESSE CORPO PURO PARA VOCÊS OOOHHH DEUSES QUERIDOS.
Erguendo seus braços aos céus enquanto mastigava a carne crua do jovem que gritava de dor, novamente se dirigindo as suas costas cortando ainda mais sua pele deixando toda em carne viva exposta, foi colocado em baixo um pedaço de madeira circular para armazenar o sangue escorrendo, coloca suas mãos sobre a carne e abre-a com as mãos nuas, um grito de dor é ecoado tão alto que podia ser escutado a metros dali, assustando os pássaros que adormeciam próximos dali, em seguida seus gritos paravam seus braços pararam de se contorcer seu corpo parou de se tremer, seus sentidos de dor pararam tudo que se escutou foi um som alto de ossos serem quebrados.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Estrada do Luar
FantasyA história se passa no ano de 159 da quarta era pagã no continente de Azurmane. Onde pessoas são vistas como nada na mão de nobres, onde tramas e guerras são feitas apenas pro bem feitor de um Deus. Um mundo onde pessoas fracas são usadas e sofrem...