Capitulo 16 Dívida

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---Obrigado por aceitar meu convite de última hora, meu novo general e líder do exercitor de Prolian Willannan Wintermere. Como está sua nova adaptação ao seu novo posto de comando?

Em uma grande mesa o rei se encontra, comendo um pedaço de pernil assado, os servos veem e voltam a cada instante trazendo novos pratos, vestindo roupas simples Augustos Prolian o convida a sentar-se ao seu lado. Willannan vai em direção a cadeira feita de prata e senta-se ao lado esquerdo do rei, um prato com uma sopa é entregue, com um levantar de mão do rei, todos no local se retiram e os deixam a sós.

---O senhor me chama devo vir e cumprir com meu papel.

---Pois bem! Depois do incidente que teve em meus salões, ainda não escutei sua opinião sobre o ocorrido. Por favor, sinta-se livre a falar sobre. Augusto volta a comer seu pernil, aguardando a resposta de seu general.

---Bom eu estou me adaptando bem ao novo posto de general, e sobre o incidente... com uma breve pausa retoma a falar, eu entendo a forma de como usou para derrubar de uma vez esses nobres que abusavam de poder, mas assassina-los assim, pode causar revoltar entre eles contra o senhor.

---Verdade, e entendo sua preocupação e sim poderiam causar, mas eu cortei o mal pela raiz, não precisará se preocupar mais e sim apenas no futuro do nosso reino. Com uma breve pausa para dar mais uma mordida no pernil. ---Existiam muitos males em nossas terras, em nosso povo, sussurros entram e saem como o vento passa por nossas janelas. Por nosso território ser muito grande, precisamos de um povo unido, e forte suficiente para o futuro, nunca saberemos quando as grandes guerras podem voltar, e nos por estarmos na linha de frente precisamos estar juntos e não com conflitos internos por riquezas e poder.

Um contínuo, silencio se sobressai pelo salão, apenas sons vindos de fora são escutados, passos, conversas, a brisa do vento ecoando pelo local. Os cabelos grisalhos de Augustos, se moviam com o vento. ---Eu preciso de você Willannan, já se passaram mais de seis meses e não recebemos notícias da nossa igreja construída em Grigh, vou pedir para você enviar sua filha para sabermos o que acontece lá.

---Meu rei, em um gesto rápido Willannan se ajoelha e se curva perante Augustos. ---O senhor sabe o quanto eu amo minha filha, e ela vai ser mandada para outra terra, outros povos costumes, devido a uma igreja? Ela é minha filha, a única coisa que eu possuo de valor nesse mundo, eu posso fazer tudo que o senhor me ordenar menos isso.

---Willannan, isso é uma ordem, e, além disso, é um trabalho para ser feito no sigilo para ela ir pegar as informações necessárias e voltar e me passar tudo que descobriu lá. E só irei pedir dessa forma uma vez, na próxima vai ser uma ordem e irei obrigar ela. Seu tom ríspido, fez o Willannan se lembrar que ali se encontra o rei de Prolian que pensa em seu povo acima dele mesmo.

---Se é como o meu rei deseja, irei obedecer. Mas mandarei meus três capitães com ela!

---Como desejar, agora vá, partem amanhã antes do sol raiar estejam nas docas, um barco já irá esperar vocês com uma bandeira vermelha e um cálice. Em um ano ou até mesmo mais eles estarão de volta com sua filha, pode sair.

Após a ordem do rei, se retira e sai do castelo, sua mente está cheia ainda mais com essa nova ordem real, sua cabeça se encontra perdida diante do mundo, sem saber que decisão tomar, mas, no fundo, sabe que tem que obedecer às ordens.

Ao chegar em sua residência, sua filha prepara o jantar, um grande ensopado de carne.
---Pai, sente-se já está quase pronto o jantar, só mais um pouco até estar totalmente cozida a carne.

---Filha. Seu tom e suas afeições demonstrava uma dor nunca vista por Brethana.---O rei me deu uma ordem, você será enviada para fazer uma missão em nome dele.

---Serio??? Mas isso não é motivo para ficar assim? Ou é?

---Você vai ser enviada para o reino de Droghuz, uma terra totalmente diferente daqui, um reino pagão do outro lado do mar, e fazer uma investigação a respeito do que aconteceu com a igreja que tínhamos construído lá, você ira partir amanhã, ordens do rei, e o tempo que vai passar fora pode ser mais de um ano. Sua expressão definia o que ele sentia no momento, nenhuma palavra a mais foi dita durante o resto da noite. Um árduo silêncio se perpetuo durante a refeição, ao término dela Brethana corre e abraça seu pai. 
---Obrigada por todos os ensinamentos pai, eu não seria o que eu sou hoje se não fosse pelo senhor, e vou ficar bem você me treinou para sobreviver, não se preocupe. Suas palavras conseguiram o acalmar, tocaram em sua alma.
---Você ira partir antes do raiar do sol, nas docas um barco irá esperar vocês ele tem uma bandeira vermelha e um cálice sobre ela. E você irá com Horros, Leogold  e Riceak, já lhes avisei durante o caminho. Agora você precisa ir descansar para amanhã, vai ser sua última noite em uma cama dessas, pode deixar que eu arrumo as coisas.

Com o brilho do sol sobre seu rosto, acorda assustado com a luz, se levanta de sua cama, veste suas roupas e vai até o quarto de sua filha e nota que ela já partiu.

---Não pude falar com ela uma última vez antes dela sair por aquela porta. 

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