Capítulo X

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                           (Henrique)

    Quando ouço que sua resposta foi positiva, implodi em felicidade. A coisa que eu mais queria na minha vida, agora era verdade, era concreta e palpável.

   — Eu não acredito que você disse sim —. O abracei forte, aproveitando que agora tínhamos uma ligação, relacionamento.

   — Como é que vou dizer não, para o cara mais legal... — Ele faz uma pequena pausa e fica vermelho, ou seja muito fofo — E também mais lindo desse mundo —.

   — Ai garoto, você não existe mesmo, de qual conto de fadas você saiu? —. O beijo, entregando ainda mais meu corpo a esse garoto, eu sentia que minha vida o pertencia.

   — Do Shrek talvez —.

   — Talvez eu seja ele —. Brinco.

   — Achou que tirei a sorte grande em você ser meu —. Bruno diz colocando a mão por debaixo de minha camisa.

   — Não provoca, você não sabe o quando estou me segurando para não fazer umas besteiras —. Meu corpo precisava do corpinho esbelto dele.

   — Do que você está falando? —. Bruno fez cara de inocente, não sei se era verdade ou não, apenas sei que foi engraçada.

   — Você não sabe? —. Indago.

   — Eu não, o que é? Me conta por favor —. Eu não poderia negar nada para um ser belo como aquele.

   — Tudo bem, deixa eu ver como vou explicar isso —. Me aproximo ainda mais de seu corpo. Minhas mãos descem em direção ao seu quadril.
 
   — Eu quero muito, ver como é essa parte aqui — Agarro suas nádegas e aperto — Você sabe, fazer amor com você, nós dois e mais nada, sem roupas —. Sua reação é de susto, ele fica vermelho a ponto de parecer uma pimenta.

  — Acho que entendi —. Ele disse se afastando, Bruninho tentava respirar, enquanto foi para cozinha, com certeza atrás de água.

   Vou logo atrás, e era realmente isso. O abracei por trás, e beijei seu pescoço, aproveitei o seu doce perfume e então disse:

   — Eu sei que você não está pronto, tudo no seu tempo, não quero te assustar —.

   — Você já fez isso alguma vez? —. Perguntou curioso, era nítido que ele temia algo, certamente o ato em si.

   — Já —.

   — Dói? —.

   — Não sei, as únicas vezes que transei foi com garotas, entende? —.

   — Entendi, mas é bom?—.

   — É, mas com certeza com você deve ser bem melhor —.

   Ele novamente fica vermelho, e então o abraço. Não sei o que seria da minha vida sem aquele garoto.

   — Está quente hoje, que tal irmos para piscina? —. Dei a ideia, queria curtir a presença do meu amor também do lado de fora, no belo dia que fazia.

   — Eu nem trouxe roupa de banho —.

   — Veste qualquer coisa eu não ligo —.

   — Eu tenho uma bermuda na minha mochila, mas é feia —.

   — Veste ela, e me espera na piscina, vou preparar uma coisinha para nós —.

   — Nem inventa de beber, não suporto bafo de álcool —.

   — Você quem manda —.

                             (Bruno)

   Eu precisava de um beliscão, para atestar se aquilo era mesmo verdade e não invenção da minha pobre mente. Entrei em um banheiro apertado do lado de fora da casa do Henrique, era tudo tão chique.

   — Namorados —. Ri, lembrei que tinha aceitado o pedido, que aliás era irrecusável. Agora o mais belo garoto que existia era todo meu.

   Quando sai do banheiro apenas com aquela bermuda laranja, me deparo com Henrique na porta da piscina, de óculos escuro, apenas de sunga e bebendo algo no copo. Quando me vê ele assobia.

   — Que gatinho —. Fico todo envergonhado sento ao seu lado, e ele me dá um copo de suco também, provei e era de laranja.

   — Deixa eu passar protetor em você?! —. Eu me deito em cima de uma toalha na borda da piscina, e ele começa pelas minhas costas. Sinto seu dedo na minha pele.

   — Nossa! —. Ele parece admirado com algo.

   — Que foi? O que há de errado? —.

   — Sua pele é tão macia —. Ele aproxima seus rosto e beija minha pele. Em seguida passa o protetor.

   — Agora é sua vez —. Falei tomando o frasco, e mandando ele se deitar. Henrique tinha um corpo muito belo, levemente bronzeado, musculoso e rígido.

   — Você tem um corpo muito bonito Henrique —. Eu queria ter um corpo daquele jeito, alto, magro, musculoso.

   — Não mais que o seu delícia, pedi umas coisinhas para nós, estou morrendo de fome —.

   — Tudo bem, eu como tudo, só não peixe —.

  Esperamos o pedido brincando de pega-pega, Henrique podia ser bom em campo, mas na piscina eu era melhor.

   — Estou tão feliz que você disse sim —. Henrique diz, enquanto estávamos comendo, ali no jardim havia um espaço com uma mesa enorme.

   — Achou que eu diria não? —.

   — Na verdade sim, que eu me lembre fui um babaca com você —.

   — Foi? Eu nem me lembro mais, só lembro de um Henrique legal, bonito e engraçado —. Ele passou uma borracha no nosso passado, para minha total felicidade.

   — Henrique, eu só te queria pedir uma coisa —.

   — Pode pedir, faço qualquer coisa por você, qualquer —.

   — Não vamos contar para ninguém, só o Brian pode saber de nós. Eu ainda não estou pronto para me assumir, entende? —.

   — Claro que entendo meu amor — Seguro sua mão — Tem certeza que o Brian é confiável? —.

   — Absoluta —.

   — Então esse será nosso segredinho —.  Henrique era tão fofo com o cabelo molhado, parecia um príncipe submarino.

   — E também, meus pais não podem saber, já é difícil para eles aceitar que uso saia, imagina ter um namorado —.

   — Entendido, então aqui será nosso quartel general secreto —.

   — Boa ideia —.
 
   Depois da piscina, entramos, eu já estava queimado por conta do sol, tomei banho no quarto de hóspedes, e Henrique tomou no seu.

   Depois fomos para o seu quarto, tentamos assistir desenho, mas eu estava muito sonolento. Henrique ao perceber começa a cantar a música de abertura de Steven Universo. Sorrio, feliz por tudo que aconteceu, e adormeço.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO.

  

   

  

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