(Bruno)
— Que história é essa Bruno? De você ficar dizendo que sou muquirana pra sua mãe —. Minha alma quase saiu do meu corpo naquele momento. Pensei que ele perguntaria sobre o Henrique. Mas graças aos céus não perguntou. Mesmo assim fiquei nervoso com aquela pergunta.
— Eu não disse isso —. Digo entrando.
— Está vendo, ele não disse isso deixa de ser tão paranóico —. Minha mãe diz sentada ali um pouco mais longe.
— Que sacolas são essas? —. Indagou vindo em minha direção.
— Umas coisas que comprei para mim —. Falei, olhei para minha mãe e ela concordou com a cabeça.
— E essas coisas não tem nome? —.
— Tem, são saias, quer ver, tudo bem eu mostro —. Falei tirando da sacola, meu pais às vezes me irritava.
— Hum, não precisa... — Ele para de falar e olha em minha direção — E esse colar? Saiu de onde? —. Eu havia esquecido de esconder o colar debaixo da blusa, Henrique insistiu em colocarmos eles logo.
— Colar? —.
— Sim Bruno esse colar, vamos me fala logo —.
— Comprei —.
— E de onde você tirou dinheiro pra comprar um negócio desses, deve valer uma fortuna, desembucha —.
— Será que você já está ficando senil? — Minha mãe o interrompe — Não vê que é uma bijuteria? —.
— Ah sim, não tinha percebido, vai guardar essas coisas pra jantar —. Saí dali imediatamente antes que me fizesse outras perguntas.
Entrei no quarto, e comecei a guardar minhas roupas no guarda-roupa quando minha mãe entrou.
— Que colar é esse? —.
— O Henrique me deu, ele disse que simbolizava o nosso namoro —. Me levantei e caminhei até ela. Sua mão segura o pingente e o olha com delicadeza.
— Isso é lindo, mas diga a ele que manere nos presentes, não quero ele lhe dando nada caro —. Concordei com minha mãe.
— E essas roupas? —.
— Ele comprou para mim —.
— Traz aqui —. Ela analisou peça por peça, elas estavam dobradas e empilhadas. Fiquei com vergonha quando ela viu uma calcinha e a pegou. Pensei que ela me daria um sermão, mas o que disse foi.
— Essa cor fica boa em você, mas pelo amor de Deus esconde bem, se teu pai pegar vai fazer o maior escândalo —.
— Tá bom —.
— Andou comendo sorvete não foi —. Ela apontou para uma mancha na minha camisa.
— O Henrique me forçou —.
— Imagino, deve ter sido uma tortura para você não é? —.
— Ah mãe foi pouco —.
Depois de um sermão chato sobre a minha saúde, fui jantar. Meu pai ficava conversando com minha mãe sobre o meu futuro, especificamente sobre qual faculdade eu faria.
Eu nem me importava para aquilo agora, minha cabeça estava ainda imersa naqueles olhos verdes, e naquela boca maravilhosa. Coloque a mão no meu pingente e comecei a lembrar dele.
•••
Eu estava no meu computador jogando, quando Henrique me ligou, rapidamente sai de cima da cadeira e peguei meu celular.
— Oi lindo! —.
— I Just called to say i love you —. Ele cantou quando ouviu minha voz, ouço uma pequena risadinha depois dele cantar.
— Eu também te amo bobão, que você linda você tem, hein? —. Digo sorrindo completamente apaixonado e derretido pela maneira doce como ele agia.
— Não se compara a sua. Já jantou meu amor? —.
— Já, comi peixe —.
— Te conhecendo você deve ter odiado não é? —.
— Sim, preferia uma pizza bem grande e também você aqui comigo. E você lindo, já comeu? —.
— E você já comeu? —.
— Ainda não, eu tinha ido jogar bola, e depois fui caminhar um pouco, cheguei em casa agora a pouco, e meu deu muita saudade de alguém —.
— De mim? —.
— De quem mais seria? —.
— Não sei, dos garotos da piscina talvez —. O provoquei, gostava de vê-lo indignado com algo.
— Que nojo Bruno. Só tenho olhos para um deles, e ele passou a tarde comigo hoje e disse que passaria a próxima também, aqui em casa —.
— Não lembro dessa parte —.
— Vai recusar? Vou ter o dia livre amanhã —. Ele sabia ser chantagista
— Se minha mãe deixar —.
— Eu peço a ela, se quiser vou aí —.
— Você é tudo de bom mesmo hein?! —.
— Você que é tudo de bom —.
— Sabe que às vezes eu acho que é tudo mentira entre nós dois?! —. Henrique diz, e me deixa todo bobo.
— Como assim? —.
— Não sei, acho que isso é bom demais para ser verdade, parece tudo um sonho —.
Fiquei falando com Henrique por um bom tempo, até que fiquei com sono, e meus insistentes bocejos o fizeram perceber que eu precisava dormir.
— Vou deixar você dormir, não esquece de trazer roupa para a piscina, mas se quiser não traz roupa aí você nada pelado —.
— Seu sonho não é? —.
— Talvez sim, boa noite, te amo muito durma bem e sonhe com os anjos —. Ele desliga o telefone e eu me viro de lado olhando para uma foto nossa e assim adormeço, depois de um dia maravilhoso, depois de tá tas coisas incríveis que aconteceram.
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO.
28 DIAS PARA: "O VOO DO CISNE"
🕺🏻👨🏼🚒
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Chuteiras & Saias
RomanceBruno é um garoto extremamente comum, que guarda um segredo, ele adora usar saias. E Henrique é um talentoso jogador de futebol, que é louco por Bruno mas não sabe como falar isso a ele.