Dia Especial

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"Escolher as nossas pessoas, é o mais próximo que chegamos de controlar nosso destino." - This is Us

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《》 GIZELLY 《》

Depois que a Rafaella avisou que não voltaria na sexta-feira, à impressão que tenho é que os dias passam vagarosamente. Embora uma semana houvesse se passado desde que ela me convidou para o evento em prol da ONG... Meu Deus, uma semana. O que significa que amanhã estarei indo para Gyn com a Manoela. Fico nervosa.

- Tudo dará certo! - Falo ao sentir a ansiedade tomar conta do meu ser.

Fecho meus olhos e respiro profundamente. E somente abro-os quando escuto um toque de notificação.

Pego meu celular, era uma mensagem de minha mãe. Após a nossa conversa há uma semana, nós decidimos retomar com os almoços. Confirmo que a encontraria no restaurante de sempre, assim que saísse da minha sessão com a Fernanda.

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Ao chegar no restaurante, minha mãe me esperava. A cumprimento com um abraço e sento na cadeira em sua frente. Como de costume, para evitar que eu peça salada, ela já havia feito o meu pedido.

- Como foi à sessão? – Me questiona.

- Tudo bem. – Respondo olhando o cardápio. – Eu não iria pedir salada hoje. – Reclamo na brincadeira.

- Péssima mentirosa. - Ela me fita. - Você está preparada para encontrar com o seu pai?

- Pai é uma palavra muito forte.

-Ok, com o Augusto? – Ela corrige.

- Não, - Passo as mãos pelo cabelo. - mas a ideia de encontrá-lo é menos temível. -  Falo a minha insegurança em voz alta. - Acho que estou mais tensa em encontrar a Genilda do que ele.

- Rafaella não lhe disse que está tudo bem?

- Sim, porém é estranho.

- Não deveria ser nada demais, afinal vocês se conhecem há muito tempo.

- Agora é uma nova situação.

- Qual é o seu medo?

- Temo em ser tratada diferente.

- Você falou isso com a Fernanda?

- Sim, claro. – Ela acena com a cabeça.

- E com a Rafa?

- Não. – Digo bebendo minha água. – A Rafa está correndo com tudo, não quero preocupá-la com o meu receio de encontrar a mãe dela. – Falo baixinho para que ninguém ao redor possa ouvir.

- Está sendo boba, Genilda te ama e admira. Você não deveria temer, e outra coisa, lembre-se que diálogo é tudo Bilu.

- Quem é você? E o que fez com a minha mãe? – Pergunto sarcasticamente. – Eu sei que diálogo é tudo, só que a agenda da Rafa está atribulada. Então as mensagens e ligações que trocamos são limitadas para matar a saudade que eu sinto. Não para falar do meu medo em encontrar a Ge.

- Confia que tudo dará certo. – Ela pega minha mão e deixa um afago.

- Você não quer ir comigo?

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