Transforma(dor)

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"Nem todas as feridas são superficiais. A maioria das feridas é mais profunda do que podemos imaginar e você não pode vê-las a olho nu. E há as feridas que nos pegam de surpresa..."

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《》 GIZELLY 《》

Após as fotos na entrada, todos se acomodaram em seus respectivos lugares. Manoela sentou-se ao meu lado esquerdo, o direito ficou vago, julguei ser o assento de Rafaella, que ainda não havia retornado.

- Eu admiro o bom gosto da cabeçuda. – Manu fala para mim. – Tudo está tão lindo.

Desde que a influencer se ausentou, Manu não me deixou sozinha por um minuto sequer.

- Rafaella fez um trabalho brilhante, - Digo-a - em cada detalhe é possível perceber um pouquinho dela.

- Falando nela, aonde será que está? – A procuramos pelo salão.

Não muito longe de nós, encontro-a próxima de Sérgio. Com um péssimo timing, os vejo no exato momento que ele lhe dá um beijo no rosto. Manu chama minha atenção ao pegar em minha mão.

- Você sabe que ele não tem chance, né? – A baixinha fala, fazendo eu sorrir. Concordo com um acenar de cabeça.

Mesmo da distância que estávamos, eu conseguia ver todos daquela mesa. A família Colunga. Meu olhar cai em uma pessoa específica e, por segundos nossos olhares se fixam. Não percebo em qual momento Rafaella teria vindo ao nosso encontro, até que a mesma me tira do meu estupor.

- Ei, - Neste ponto ela estava sentada ao meu lado. Com a mão sobre a minha. – Gi? – Sussurra. – Cheirosa? – Viro me rapidamente, engolindo em seco.

- Oi, tudo bem? – Pergunto como se estivesse a vendo pela primeira vez.

- É o que eu gostaria de saber de você. - Rafa estava aflita. – Tudo bem? – Aperto sua mão, enquanto ela faz um carinho no dorso da minha.

- Sim! – Sentia olhares sobre nós. – Está tudo lindo, né Manu? – Incluo a nossa amiga na conversa, que pega as nossas mãos. Antes que a cantora possa responder, a influencer é convocada com os demais hosts.

- Volto logo. – Percebo a aflição dissipando e dando espaço para o nervosismo.

- Arrasa, Deusa. – Digo em um sibilar.

Todos aplaudem à entrada deles, minha visão me atraí novamente para a figura de Augusto. O desgraçado me observava. Ignoro-o, eu não estava aqui por ele.

Sérgio é o primeiro a discursar, em seus minutos falando ele agradece a todos por terem comparecido ao evento. Fala brevemente sobre a ONG. Agradece o Augusto pela contribuição e, elogia a Rafaella por toda sua dedicação. Em seguida anuncia Ingrid, a coordenadora do projeto Seja Luz.

Ingrid vai até o púlpito, e Sérgio vai para o lugar dela, que era ao lado de Rafaella. A abraça fortemente e mais uma vez lhe deixa um beijo no rosto. Reviro os olhos com a atitude, chato para um caralho. Tento prestar atenção em Ingrid.

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