Grito Mudo

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"Até as coisas de que mais gostamos podem nos fazer mal". - This is us

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《》 GIZELLY 《》

Acordo, e ainda de olhos fechados passo a mão pela cama à procura de Rafa. Rapidamente fico frustrada ao perceber que ela não estava mais ao meu lado.

Permaneço imóvel por mais um tempinho, aproveitando do conforto da cama. Até lembrar dos acontecimentos da noite anterior, e que ainda estávamos na casa de campo. Augusto tinha ido embora, e nós deixou acompanhadas de Joana.

Antes de levantar, esfrego os olhos e bocejo uma última vez. Busco pelo meu celular sobre a mesinha. O relógio marcava 08h30. Ao desbloquear, levo um susto com a quantidade de mensagens e notificações, que faço questão de ignorar. Abandono o aparelho no mesmo lugar que estava. Não lidaria com isso agora.

Sigo para o banheiro, começo a observar o ambiente enquanto realizo minha higiene matinal. Ao regressar para o quarto, faço uma leitura de tudo. Cama no centro, paredes brancas, e janelas amplas para que a luz entrasse. Tinha um certo aconchego, como se aquele quarto tivesse sido feito para nós, Rafaella e eu.

Deixo o quarto, e assim início minha exploração. O andar de cima estava silencioso. Abro as portas e observo os cômodos. A arquitetura e decoração maravilhosa. Todos espaços eram lindos e trazia a mesma sensação.

Devagar, pé por pé, desço as escadas. Passo pela sala de piano que estávamos ontem, e cruzo à sala de jantar. Ainda me encontro sozinha, mas antes de prosseguir, paro ao ouvir a voz de Rafa de longe.

As borboletas em meu estômago se agitam, e um sorriso surge na minha face. Continuo meu caminho à sua procura. No entanto, me detenho um pouco antes de adentrar o local que ela estava, quando escuto a pergunta que ela faz.

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《》RAFAELLA 《》

Como sempre, acordo antes de Gizelly. Deixo-a no quarto depois de terminar minha higiene.

A casa estava silenciosa, desço as escadas e procuro a cozinha. Com o objetivo de preparar o café da manhã para nós, mas me surpreendo quando encontro Joana fazendo o mesmo.

- Bom dia, Rafaella. - Me cumprimenta. - Dormiu bem?

- Bom dia, Joana.- Retribuo. - Sim e, pode me chamar de Rafa.

- Somente se você me chamar de Nana. - Responde sorrindo.- Cadê a Passarinha? - Utiliza o apelido para perguntar por Gizelly.

- Dormindo. - Aponto com o dedo para cima, fazendo menção ao quarto.- Iria preparar o café, mas vejo que você foi mais rápida.

- Queria fazer um agrado para vocês. É difícil ter alguém nessa casa. - Ela lamenta.

- Obrigada. - Agradeço. - Você mora aqui?

- Mais ou menos. - Nana senta em uma cadeira, e eu faço o mesmo. - Eu adoro o sossego que aqui remete. É um refúgio.

- Por mais que eu amo cidade. Meu sonho é ter um casa como essa, ela é linda.

- Desde minha adolescência, que eu não passava tanto tempo na cidade.- Ela serve chá para nós. - Mas com a saúde instável de Augusto, fico um pouco aqui e um pouco lá.

- Entendo! - Analiso seus belos olhos verdes, algo dizia que Joana carregava segredos.

- Pode me perguntar. - Ela diz, depois que o silêncio paira sobre nós.

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