Quero Você Do Jeito Que Quiser

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"Claro que há uma química da paixão representada pelos hormônios. Mas a verdade é que o amor continua sendo um mistério não decifrado pela medicina. E é bom que seja assim. Sem o mistério do amor, a vida não teria graça." - Moacyr Scliar

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《》 GIZELLY 《》

Deixei que Manoela fosse na frente com a Rafa, enquanto eu fui no banco de trás. Como sempre a influencer ligou o som, colocou sertanejo e cantamos em uníssono.

Visto que o evento seria mais tarde não fazia sentido permanecermos no hotel, o mais coerente era irmos para a casa de Rafaella, pois poderíamos nos arrumar e ficar mais a vontade até a hora da festa.

- Estamos quase chegando! - Rafa informa ao parar no sinal vermelho, abaixando o volume do som.

- Tudo bem, Titchela? - Manu vira-se para mim.

- Tudo ótimo. - Coloco as mãos sobre o ombro da motorista, ela deixa um beijo em minha mão dando a confiança que eu precisava.

- Então, você não está nervosa de encontrar a tia Genilda?

- Maria Manoela! - Minha namorada a reprime.

- É uma pergunta válida, - A cantora se defende. - estou preparando-a.

Ainda no hotel, eu e Rafaella combinamos em falar com as pessoas sobre o nosso relacionamento após o evento. Não queríamos ofuscar a festa e lidar com perguntas sobre nós nesse momento. O combinado portanto era conversar com a Genilda, e esclarecer o que tivesse que ser esclarecido.

- É claro que estou nervosa! - Rafa me olha através do retrovisor, quando o sinal abre. - No entanto, eu tenho uma Deusa ao meu lado que me passa a confiança necessária. - Cutuco o braço de Manu. - E, uma super amiga que não nos abandonará.

- Jamais! Viu só, ganhamos uma declaração. - Manu diz para a amiga, fazendo-a sorrir.

Levamos mais 10 min para chegarmos, quando o carro entra no condomínio, sinto a ansiedade tomar conta de meu corpo, minhas mãos ficam geladas e suadas ao mesmo tempo. Minha respiração acelera, mentalmente começo a contar de um a dez, afim de que consiga controlar meus sentidos. Fecho os olhos, ignorando a presença das outras mulheres.

- Eu te amo! - Simples e sucinta, Rafaella fala me tirando de um estupor.

Abro os olhos, e vou de encontro aos verdes que eu tanto amava. Rafa me observava de seu lugar, Manu não estava mais no veículo.

- Se quiser, lhe levo para o hotel nov..

- Vem cá! - Solto o cinto que prende meu corpo, aproveito que estamos dentro do carro na garagem e à beijo. - Eu te amo mais!

- Isso é discutível! - Faz carinho em meu rosto.

- Sério, você quer discutir com uma advogada? - Provoco.

- Cheirosa, a única briga que você ganha de mim é na cama.- Diz mordendo o lábio.- Então se não iremos para uma agora, acho justo e discutível esclarecer o tamanho do meu amor por você.

- Caramba, você poderia ser advogada! - Rafa gargalha, mas logo se recompõe.

- Eu quero você do jeito que quiser, Titchela!

- Estou pronta, Rafa! - Beijo-a novamente.

Saímos do carro, encontrando Manu que esperava por nós. Pegamos as malas e nos encaminhamos para a casa. Do lado de fora conseguíamos ouvir a música alta, as conversas e o agito das pessoas. Ao entrarmos fomos recepcionadas pela Soso, que estava cada vez maior. Todos que a observavam vieram ao nosso encontro, principalmente Genilda. O primeiro ato da mãe de Rafaella é me puxar para um abraço, fazendo meu corpo paralisar.

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