Você

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"Tu vens, eu já escuto os teus sinais"

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《》 RAFAELLA 《》

Depois do post nas redes sociais, nossos celulares ficaram caóticos. Recebemos e lemos às mensagens que emanavam carinho e amor, outras, achamos melhor ignorar. Pois não valiam o nosso tempo.

Como sempre, antes de irmos deitar, conversamos com as nossas mães. Hoje, diante dos últimos acontecimentos, recebemos ligações das nossas amigas também. Todos estavam na expectativa e radiantes com a chegada de Analua, principalmente as futuras madrinhas, V e Manu.

Subimos para o quarto, realizamos a nossa higiene, e nos deitamos. Na nossa nova posição - desde que minha barriga crescerá - que era, eu deitada de barriga para cima, Gizelly com a mão esquerda sobre minha barriga e minhas pernas sobre às dela. Minha esposa fazia carinho na minha barriga, enquanto lia um livro em voz alta. E somente parava o afago, para mudar a página do livro. Eu amava esse momento, e nossa bebê espoleta também.

Observo Gizelly, seu cabelo preso em um coque, óculos no rosto. Fisionomia leve e traços perfeitos.

- Não basta me observar dormindo - Diz, enquanto guarda o livro na mesa ao lado. -, também têm que me observar acordada.

- Eu amo te admirar! - Levo minha mão à sua face, ela sorri e fecha os olhos. Retiro o óculos, e passo meus dedos pelo semblante alegre.

Gizelly havia mudado, mas não fisicamente. Sua mudança ocorreu internamente, venceu seus estigmas, suas antigas inseguranças, seus medos e receios. Se tornou a mulher que sempre desejou ser. Confiante, determinada, segura de si.

- E eu amo ter esses olhos verdes sobre mim! - Ainda de olhos fechados, aproxima e deixa que eu direcione sua boca na minha.

Era incrível o que um encontro de lábios podia causar no meu corpo e no meu coração. E o que a presença dela significa na minha vida, após dois anos de casadas, o meu sentimento por ela estava ainda maior.

- Amor, você sabe como me fazer feliz. - Digo-a.

- Minha metade da laranja. - Responde, o que me leva à sorrir.

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《》 GIZELLY 《》

Hoje eu precisava resolver alguns assuntos administrativos no restaurante, então acordo antes de Rafaella. Observo-a antes de levantar, estava lindíssima, a gestação ressaltou ainda mais sua beleza. Magnífica. Deusa. Faltava elogios para essa mulher.

Saio da cama devagar para não despertá-la, tomo um banho e me arrumo no closet. O relógio no meu pulso marcava seis horas da manhã. Retorno para o quarto e me deparo com olhinhos verdes abertos.

- Ah, eu fiz pouquíssimo barulho - Ultimamente dormir tinha se tornado uma dificuldade para ela. -, não acredito que te acordei.

- Não foi o barulho, foi a falta do seu corpo ao lado do meu. - Sento na cama.

- Desculpa minha Deusa. - Coloco a mão sobre sua barriga, e falo próximo. - Olá, meus amores.

- Você tem que ir mesmo? - Pergunta fazendo um bico - Posso ir com você? Agora todos já sabem sobre essa grande barriga.

- Amor, seus pézinhos encardidos estão parecendo um pãozinho de tão inchado. É melhor repousar. - Pego o travesseiro e coloco embaixo de suas pernas, para que fiquem elevados. - E, acordei a Marcela para ficar de olho em você.

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