Te Assusta

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"Nem todo mundo pede ajuda, mas todo mundo precisa!" - Juliette Freire

○○ RAFAELLA ○○

Fiquei o almoço todo observando Marcela. As vezes ela pegava o celular e conferia, para instantes depois deposita-lo sobre a mesa, ao julgar sua fisionomia, ela parecia estar decepcionada. Passado não muito tempo visualizo Marcela ir embora na companhia de Vinicius, suspiro pesadamente.

- Bom, agora você pode ficar sossegada. - Manu fala.

- Não, ainda sinto que tem algo acontecendo. - Manu concorda balançando a cabeça, ela sempre acreditou nesse minha habilidade sensitiva.

- Já sei o que vamos fazer.- Ela diz se levantando - Vamos agradecer o Felipe, depois iremos para minha casa.

- Eu tenho que arrumar algumas coisas antes da viagem..

- Na minha casa tem sorvete e vinho. - Manu não desiste. - Olha, o almoço foi...estranho. - Eu diria péssimo. - Você me deve um pouco de diversão.

- Eu estou sendo uma péssima amiga, né?! - Pergunto retoricamente. - Ok, eu topo. Mas não posso demorar. Esse patrocínio é um dos melhores amiga.

Me levanto e acompanho Manoela à procura de Felipe. Ao encontrá-lo, agradecemos a gentileza dele em ter disponibilizado uma mesa para nós. Quando estávamos prontas para ir embora, meu celular toca, penso em Gizelly. Porém ao conferir o aparelho me assusto ao ler o nome que aparece.

- Alô. - O outro lado da linha está silencioso. - Dona Marcia?

- Rafaella.. - A voz dela soou estranha. - Oi.

- Tudo bem? - Sentia meu coração agitado.

- Tudo. - Ela logo pergunta. - Filha, Gizelly está com você?

- Não, estou com Manu... Dona Marcia, aconteceu alguma coisa?

- Eu tive um conversa com Gizelly.. ela não reagiu muito bem.. e saiu daqui igual um furacão.. pensei que ela pudesse estar com você. - Entendo poucas coisas do que ela fala.

- O que houve? - Manu pergunta em meio a sussurros, faço um sinal para ela aguardar.

- Ela não está conosco..

- Caso vocês a vejam .. poderia me avisar, Rafaella.

- Claro, não se preocupe. - Encerramos a conversa.

Manu se aproxima, ela percebe a forma que fiquei após a ligação de Dona Marcia.

- Então? - Manu questiona.

- Pelo que entendi, as duas tiveram uma conversa. Gizelly não reagiu bem e foi embora.

- O que iremos fazer?

- Me leva até a casa dela? - Pergunto para minha amiga.

- Claro, vamos! - Enquanto Manu dirige, fico ligando para Gizelly.

- O número está dando fora de área. - Digo irritada.

- Amiga, continua tentando.

Ao chegar no apartamento de Gizelly, pergunto para o porteiro se ela estava em casa. Ele informa que não.

- Que horas é seu voo? - Manu me questiona.

- Daqui 1h30. - Digo ao olhar o celular.

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