Secret Omega • Larry Stylinson ➵ portuguese version

Capítulo 2

Manchester, Reino Unido (2005)

Uma semana após seu cio, sabendo como a natureza havia decidido puni-lo sem um motivo aparente, Louis se sentiu um pouco melhore decidiu ir à procura de Harry, após receber em seu telefone centenas de mensagens do cacheado com um pouco de angústia da parte do mesmo por não saber o que tinha acontecido com ele. De acordo com o médico que o tratou, Louis teve que esperar pelo menos três dias para que seus novos supressores fizessem seu efeito. Sua mãe o ajudava em todos os momentos, Louis conhecia bem seu cheiro, ciente de que talvez nunca mais o sentisse. Sua mãe disse à ele que, para um rapaz, ele cheirava muito bem. Uma mistura cítrica de limão, canela e mel. Doce e não muito enjoativo. Depois de seu terrível cio, eles lavaram os lençóis com os melhores produtos aromatizantes e Johannah marcou o quarto de Louis com seu próprio cheiro, eliminando qualquer outro. 

Louis tomou um banho merecido e se vestiu da melhor maneira que pôde, sentindo, inconscientemente, a necessidade de impressionar um certo garoto cacheado. Shorts justos, uma camiseta e um moletom por cima. Quando acabou de se vestir e se arrumar adequadamente, desceu as escadas contando seus planos para sua mãe, que lhe pediu que tomasse cuidado e não voltasse tarde para casa.

Depois disso, ele deu caminhou até a casa de seu melhor amigo, cuja casa ficava a apenas alguns quarteirões de distância.

Dizer que as pernas de Louis não tremiam nem um pouco, como se ele pulasse em um poço desconhecido, seria mentira. Porque sim, ele estava nervoso. Ele queria ver o que acontecia quando estava perto de Harry agora que sabia que era um ômega, a ideia não parecia muito favorável para dizer a verdade. Embora ele tivesse o apoio de sua mãe, que havia lhe dito que se algo o incomodasse sobre Harry, deveria ligar para sua mãe imediatamente.

[...]

O cacheado abriu a porta depois de ouvir a campainha duas vezes. Ele encontrou seu amigo de infância um pouco mais mudado desde a última vez que o vira, uma semana atrás. Seu cabelo estava, mais comprido e ele tinha um sorriso quase tímido nos lábios. Harry instantaneamente sorriu para ele e Louis retribuiu, uma fragrância espessa atingiu suas narinas fazendo-o respirar profundamente sem se dar conta. Uma fragrância forte e desconhecida para ele. Algo novo.

— Oi, Lou. —  Harry deixou escapar feliz em vê-lo, com aquele brilho especial em seus olhos que tanto o caracterizava. Ele o pegou pela braço, conduzindo-o para dentro de sua casa e então fechou a porta com um leve movimento. Sempre houve uma grande confiança entre eles, apesar da diferença de idade.

Seu deleite com os feromônios que Harry emanava no ar e mantinha a casa cheia durou pouco, pois Louis ficou surpreso ao sentir um formigamento em seu braço ao ser levado descuidadamente. Tal coisa nunca aconteceu com ele. Claro, agora ele sabia que tinha um ômega aparentemente que gostava de estremecer sobre qualquer coisa. Tudo parecia estranho, Louis sentia-se tão estranho que ele teve vontade de reclamar um pouco sobre esse sentimento.

— Oi Hazz, como você está?  Seus pais se encontram? —  Ele  falava rápido quando estava nervoso por estar perto do Alfa, era o primeiro Alfa que ele podia sentir o cheiro. O primeiro Alfa que ele sentiu, claramente, Louis estava ansioso. Negar isso de alguma forma parecia bobo para ele.

Além de tudo, Louis era alguém tão pequeno em relação à idade, dezesseis anos não poderia garantir uma maturidade absoluta em nenhuma situação, enfrentando sozinho pela primeira vez o que fazia gritar os ômegas, o que eles achavam tão incômodo, um Alfa, um adulto. Claro que ele estava com medo, claro que ele se sentia inseguro, claro que ele estava desconfiado. O primeiro Alfa com que ele teve contato, tudo cheirava a Harry, era estranho porque antes dele ser um ômega o cheiro não era nada que ele se incomodasse em perceber. Agora era diferente, entretanto. Harry era seu melhor amigo, Harry não sabia que ele era um ômega, se ele escondesse a verdade de Harry dizendo que ele era um beta, então ele tinha que agir como um.