Secret Omega • Larry Stylinson ➵ portuguese version

Capítulo 40

― Você acha que funciona?

― Tem que funcionar. Sinto muito, Zayn. Eu sei que é meu ômega. Pertence a mim, aqui ao meu lado. Um ômega deve estar onde seu alfa está, não a centenas de quilômetros de distância, onde não posso sentir seu calor ou cheirar sua fragrância.

―Eu não sei ... Ele ainda não terminou o curso. Faltam apenas algumas semanas.

―Isso eu já sei. Eu mencionei isso a você há um tempo, apenas ... Eu não queria apressar nada, mas não há outra opção. Tem que estar aqui comigo. Minha cabeça está sendo despedaçada por ele.

― Converse sobre isso com Louis. Ele te ama demais, ele concordará em ir com você. Você não precisa se preocupar.

― Você acha que ele vai querer ir?

― Você vai fazer como planejou, certo?

― Absolutamente.

― Então ele vai. Ele irá com você, porque ele é um ômega grato. 

Manchester, Reino Unido (2008).

A semana tinha passado voando e Louis estava cada vez mais ansioso para sexta-feira.

Harry, Harry, Harry e Harry. Era tão incrível como ele realmente contava as horas desejando que o dia terminasse e o próximo começasse logo, a fim de voar para os braços de seu alfa. Ou seja, agora que ele era um ômega com uma responsabilidade esperando por ele, ansioso para vê-lo, seus sentimentos eram diferentes. Ele sorria para o nada, feliz, muito feliz por pertencer de corpo e alma a um alfa.

E o melhor de tudo, que esse alfa pertencia a ele. Ele sempre correspondia, era simplesmente estúpido demais para notar e nem era preciso dizer. Ele sabia que tinha sido muito estúpido antes, mas ele nem se importava mais. Ele queria focar em seu futuro, no futuro dele e de Harry, ele sentiu emoção imaginando o que aconteceria a seguir, qual seria a coisa nova que viria em sua vida, que outras experiências ele compartilharia com o encaracolado, ele estava muito apaixonado e muito animado de um futuro ao lado de seu amado.

Infelizmente ele estava em uma tarde de quinta-feira sentado em sua cama lendo um livro com alguns cobertores por cima porque a temperatura estava muito baixa naquela época. A véspera de Natal estava chegando e o frio costumava ser intenso em Manchester. Lucas estava enrolado em uma bolinha no tapete da sala, havia crescido bastante, mas continuava o mesmo cachorrinho brincalhão de sempre.

Seus pais tinham saído para comprar o armário, Louis havia contribuído um pouco para ele, embora sua mãe se recusasse quase a puni-lo por querer dar-lhe alguns dólares. Ele ficou muito tempo na casa dos pais apesar de ter seu próprio apartamento, mas por algum motivo estar naquele lugar solitário, com paredes cinzas a mais de vinte metros do solo, não parecia muito mais. Ele sempre preferiu o ambiente acolhedor de harmonia e paz que havia na casa de sua mãe. Ele nem sabia o motivo para continuar alugando um apartamento, porque ele realmente não precisava dele.

Então ele pensou na época em que Harry veio para Manchester, que eles precisariam de sua privacidade e que ele não poderia ser como dois jovens amantes no quarto que tinha na casa de seus pais. Definitivamente não era uma opção deixar seu apartamento. Johannah e Ben não se importaram nem um pouco com a presença de Louis. Em seus pensamentos mais profundos, os pais se sentiram ainda mais tranquilos sabendo que seu filho estava esperando por eles em casa.

O livro que ele estava lendo estava começando a ficar chato, sempre sendo distraído por suas memórias com Harry. Sem estar muito consciente, suas bochechas ficaram vermelhas ao se lembrar dos lábios do encaracolado, de suas carícias, da maneira como haviam feito amor. Era simplesmente inevitável. Ele não ficou nem um pouco envergonhado, nem sabia que estava esperando tanto tempo até que simplesmente aconteceu.