Secret Omega • Larry Stylinson ➵ portuguese version

Capítulo 4

Manchester, Reino Unido (2005)

Certamente nada era igual para Louis. Um dia inteiro se passou e ele não conseguia tirar aquele perfume glorioso de sua mente. Dizer que ele se sentiu um pouco tentado era dizer pouco.

Ele não conseguia parar de pensar em Harry. Ele estava assustado, muito assustado porque as coisas estavam indo por um caminho que ele não gostava de jeito nenhum. Sentia coisas que ele não sabia que um dia poderia sentir.

Ele estava em seu quarto, sentando no batente da janela com uma xícara de café. E ele também não tinha conseguido dormir. Ele não podia dizer que estacava nos cinco sentidos, para dizer que era para encorajar uma grande, grande mentira. Bem, embora ele estivesse consciente, ele não pensava muito claramente ele não era capaz de fazer isso.

Sua primeira vez cheirando a um alfa no cio. A primeira vez que seu ômega gritou tão alto que o fez se sentir mal.

A primeira vez se sentindo úmido em uma situação estranha para ele. Na primeira vez, ele realmente  teve vontade de perder a cabeça.

Ele não sabia como continuar depois disso. E quanto a Harry? Ele era seu melhor amigo desde pequeno, tantos anos... O que aconteceria com ele? Ele estava com medo. Certamente. As coisas estavam entrando em uma situação difícil, uma situação que realmente o incomodava, se fosse Beta, com certeza tudo seria diferente.

Ele negou soltando um pequeno suspiro, levando a xícara de café aos lábios para beber um pouco mais. Estava frio, há quanto tempo ele estava sentado lá?

[...]

Na casa de Harry, sua mãe tirava algumas toalhas da testa do encaracolado. Ele ainda estava deitado em sua cama, no entanto, tudo estava acabado agora. Vinte e quatro horas depois, finalmente acabou.

Anne suspirou, tocando a testa do filho com a mão, verificando a temperatura como havia feito várias vezes antes. Foi ela quem cuidou de Harry em seus cios, pois ele recusava a receber outra ajuda, algo com que sua mãe começou a se preocupar.

— Você está se sentindo melhor, querido? — Ela perguntou em voz baixa.

— Hum... — Harry rosnou sem abrir os olhos.

— "Hum". Vou entender, responda direito criança. — Reclamou ela com um sorriso, afastando os cabelos rebeldes que caíam da testa do filho, incomodando seus olhos.

Harry suspirou, piscando em câmera lenta, então acenou com a cabeça ligeiramente.

— Sim... — Ele respondeu, sua voz um pouco rouca.

Anne acenou com a cabeça.

— Tome um banho frio e desça para comer, você não comeu nada desde ontem e vai doer se ficar com fome. Vamos. — Ela pegou o recipiente com água da cômoda ao lado da cama da Harry ao lado das toalhas, então se levantou e foi até a porta. — Apresse-se filho, vou fazer um suco de laranja fresco.

Harry ficou mais alguns minutos na cama, respirando lentamente e recuperando todos os seus sentidos, de repente imagens vieram à sua cabeça.

Louis tinha vindo para vê-lo, encontrando-o naquele estado.

Ele franziu a testa um pouco mais e fez uma careta fechando os olhos. Não era nada mais do que Louis parado na porta, observando-o de perto. Aquele suéter creme maior do que ele cabia tão bem nele, as calças apertadas nas coxas... Seu cabelo caindo na testa fazendo-o parecer ainda mais adorável do que já era. Um cheiro estranho a ele enchendo a sala, um cheiro que o afetou muito nessa situação.