Capítulo 3

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Manchester,  Reino Unido (2005)


Três dias depois de Louis passar a tarde com Harry pela última vez, ele se viu deitado na cada de seu quarto olhando pela janela, sentindo a falta do cacheado.

Naquela manhã ele acordou com uma sensação no peito, queria ver Harry.

Por isso, quando não foi atendido, quando ligou duas vezes ao telefone, resolveu passar um tempo em sua casa como costumavam fazer desde pequenos.

Ele vestia um suéter macio creme de lã dois tamanhos maior que ele, não se lembrava de ter comprado, mas por algum motivo estava em seu armário. Ele também vestiu um shorts preto e tênis. Ele ajeitou o cabelo e pegou alguns de seus pertences.

Quando ele desceu, encontrou sua mãe limpando a sala com o aspirador de pó, ela rapidamente sorriu para ele mostrando seus os dentes.

— Olá meu amor, você vai em algum lugar? — Ela perguntou gentilmente. 

Louis acenou com a cabeça.

— Eu vou ver o Harry. Ligo para você mais tarde, quando voltar.

— Tenha cuidado, baby. Qualquer coisa, me ligue, por favor.

— Sim, mamãe.

Saiu de casa, escondendo as mãozinhas nas mangas daquele suéter que caía alguns dez centímetro a mais do que onde acabava a palma da mão, e era algo de que gostava, esconder as mãozinhas e cerrar os punhos, algo que o fazia parecer muito adorável e fofo.

O tempo em Manchester era frio nessa época do ano, e ele percebeu muito tarde que seu suéter não era suficiente para mantê-lo longe do frio. Esperançosamente, quando ele chegasse á casa de Harry, ele faria para ele uma boa xícara de chocolate quente e ele poderia se esconder debaixo de seus braços quentes enquanto os dois estariam deitados no sofá e ele calmamente respiraria aquele cheiro forte que o cacheado emanava. Aquele filme que ele tanto odiava por assustá-lo agora parecia o mais divertido e interessante.

Espera, por que a ideia parecia tão acolhedora para ele? Por que...? Por que diabos ele estava sorrindo? 

Ele se pegou corando e cobrindo o rosto por alguns momentos, sem tirar as mãos das mangas do suéter. Isso era ridículo.

Quando conseguiu respirar, já estava subindo os três degraus da varanda da casa de Harry. Ele sentiu algo diferente no ambiente, algo novo, ele supôs que tudo era novo para ele desde que sua natureza surgiu, ele não era mais aquele menino confiante e extrovertido, mesmo que tentasse, ele mudou tanto em tão poucos dias.

Ele franziu a testa por um momento e hesitante se aproximou para bater na porta.

Bateu. Duas vezes.

Em dez segundos ele foi atendido. Mas não por quem ele esperava, o pequeno sorriso que se formou em seus lábios desapareceu em uma careta quando ele viu a mãe de Harry parada do outro lado da porta com um gesto vago. Eles não estava, viajando?

— Oi, Louis. — A mulher o cumprimentou, sorrindo.

Louis sorriu um pouco também.

— Olá Sra. Anne, Harry está aqui? — Ele murmurou.

A mãe do cacheado acenou com a cabeça em dúvida, observando o menino.

— Sim... Ele está, ele está em seu quarto. Ele não se sente muito bem.

Louis ergue ambas as sobrancelhas em surpresa.

— Ele está doente? Ele está bem? — Ele perguntou apressado e preocupado.

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