Capítulo 9

1.7K 143 32
                                    

Manchester, Reino Unido (2008)

Uma vez terminada a refeição, Louis ajudou a mãe a lavar a louça. Jay veio por trás de seu filhote e o abraçou passando as duas mãos pelo abdômen, apoiando a bochecha nas costas de Louis.

― Mãe ... ―Louis murmurou virando a torneira enquanto um pequeno sorriso se formava em seu rosto.

― Tão grande e meu bebezinho. ― Ela murmurou, deixando um pequeno beijo no ombro de Louis.

Louis sorriu e juntou as mãos às de sua mãe.

― Por que você não fica aqui desta vez? ― Ela perguntou suavemente. Louis franziu a testa e olhou ligeiramente por cima do ombro.

― Por quê?

― Você viu que dia é hoje?―  Amais velha  ergueu ambas as sobrancelhas. ― Seu cio está próximo.

Desta vez, Louis olhou na direção do pequeno calendário pendurado na porta de cima da geladeira. Ele fez uma careta e revirou os olhos. Ele odiava seu cio.

Agora tudo estava claro em sua mente. Era tudo culpa de seu cio tolo, como ele poderia ter esquecido? Ele engordou um pouco, o humor mudou, um dia ele ficou sensível e no outro super corajoso, todo o assunto com o Harry. Ele bufou, tudo fazia sentido agora. Foi culpa dele, culpa de seus hormônios estúpidos. Ele queria fugir para se desculpar com Harry por ser um idiota.

― Falta cerca de uma semana. ― Ele se lembrou de seu último cio de três meses atrás e franziu os lábios. Realmente doeu só de lembrar. Não foi nada agradável passar três dias se sentindo quase a beira da morte. Ele até perdeu a consciência duas vezes. Ele ligou para sua mãe quase no último suspiro, já que havia decidido ficar sozinho no apartamento dele daquela vez.

― Sim querido. E eu acho que você vai ficar melhor aqui em casa, tudo bem?

Louis se virou para encarar sua mãe e fez beicinho.

― E não é uma pergunta, Lou. Não gosto que você esteja sozinho em seu apartamento nessas condições e você sabe disso. Você viu o que aconteceu da outra vez, Deus, não, me assustou muito, amor.  ― Ela balançou a cabeça.

― Mãe...

Ela levantou um dedo levantando ambas as sobrancelhas.

― Mas nada. Você é maior e tem o poder de escolha, mas terá que me obedecer desta vez. Você sabe como me incomoda que você ainda esteja tomando aqueles supressores. Você tem idade e maturidade suficiente, eu acho, para ter aceitado sua condição há muito tempo, filho. Só porque você é um Ômega não significa nada. ― Louis olhou fixamente para sua mãe. Já fazia muito tempo que ela não recebia uma bronca como tal. ― Acho que você deveria ter parado de tomá-los há muito tempo.

― Por que a Sra. Tomlinson está me repreendendo?―  Ele franziu a testa em diversão. Sua mãe deu um tapinha afetuoso no ombro dele.

― Porque você me preocupa, bobo. Cecília, minha amiga da padaria, internou o filho por tomar aquelas pílulas e só tomou umas duas vezes. Você me preocupa, Louis, você está com eles há tanto tempo e sabe que está piorando. O doutor Edgar me disse algumas coisas outro dia, quando fui ao consultório e ... ― Louis a interrompeu suavemente.

― Eu não tive nenhum problema, mãe. Eu me sinto bem, de verdade.

Jay fez uma careta e negou.

― Querido, cada vez dói mais. Louis, amor, sei que talvez seja um assunto delicado mas ... Por que você não procura um, um parceiro?

Louis quase engasgou com sua saliva ao ouvir isso. Ele olhou para sua mãe com olhos grandes e Jay estremeceu novamente com isso.

― Quero dizer, está tudo bem se você tomar supressores, desde que tenha um parceiro, bebê. Seria menos desconfortável, você estaria melhor. Amor, eu prometo a você que não há nada de errado com isso, desde que você seja o responsável. ― Ela suspirou e se aproximou para pegar um copo d'água. ― Não me importa. Ao mundo tão pouco, Louis.

Secret Omega • Larry Stylinson ➵ portuguese versionOnde histórias criam vida. Descubra agora