Capítulo 31

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Eu quero recomendar que você ouça Perfectly Wrong de Shawn Mendes para este capítulo, porque eu sei que você vai sentir o mesmo que eu: 'v


Londres, Inglaterra (2008).

A primeira coisa que fez Harry apagar o sorriso ao abrir a porta de seu apartamento foi ver o rosto vermelho e molhado de Louis. As lágrimas óbvias escorrendo de seus olhos, perdendo-se em algum lugar de seu pescoço, e seu pequeno beicinho com lábios trêmulos. Seus cílios úmidos e seu rosto sério e triste.

Não poderiam fazê-lo viver isso novamente.  Não podiam fazer com que ele visse Louis sofrer mais uma vez quando ele não sabia por quê disso. Não poderiam colocar seu alfa naquela situação novamente. Imediatamente seu peito queimou com seu alfa rosnando por dentro. Quem ousou machucar ...? Por que...? Quando ele analisou a situação, quando ele respirou pelo nariz, procurando ar para tentar dizer algo e acalmar Louis, seus olhos se arregalaram um pouco e sua mente ficou em branco. As palavras de Louis ecoaram em seus ouvidos, que de repente pareciam muito sensíveis.

― Perdoe-me Harry.  Perdoe-me por tudo.

Seu alfa se contorceu e ele quase engasgou com a doce fragrância que desceu de sua garganta aos pulmões.

Limão, mel e canela.

Atraente, suave e um pouco picante.

Ele olhou para Louis sem poder dizer mais nada. Embora ele lutasse para entender sua mente, ele ainda estava em branco, confuso e mal conseguia se mover.

Por que seu amigo estava cheirando assim?

Ele nunca sentira aquele cheiro em Louis, tinha certeza disso. Era que ... Ele havia conseguido um Ômega? Ele ou ela, sabendo que iria para outra cidade, talvez o tenha marcado com seu cheiro, é claro, isso fazia sentido. Os ômegas costumavam ser todos muito possessivos. Talvez quem dirigia o táxi fosse um Ômega e por isso Louis cheirava à ela ou à ele.

Qualquer coisa. Ele estava disposto a acreditar em qualquer coisa, em qualquer coisa, para ajudá-lo a processar o que estava à sua frente. Estava consumindo-o respirar mais e mais daquela fragrância. Não era irritante, claro que não. Harry sabia como respeitar as fragrâncias das outras pessoas. O único problema era que Louis estava ali na frente dele cheirando assim, ele estava chorando e parecia não querer falar tão cedo.

Foi Harry quem ganhou uma voz sabe-se lá de onde para poder dizer alguma coisa. A única coisa em sua mente era o nome de Louis, então ele o chamou.

― Louis...

O homem de olhos azuis estremeceu com a menção de seu nome, baixando o olhar e soluçando baixinho.

― Perdoe-me.

Houve silêncio. As pernas de Louis tremiam. Com os olhos, ele repetiu que deveria ser capaz de fazer isso.

Harry piscou pela primeira vez em um tempo.

― Eu ... Não, eu não entendo. O que?

O menor soltou outro soluço e apertou os olhos, sentindo o peito afundar. Ele se sentiu tão mal por fazer isso.
O rosto de Harry doeu, sua expressão além da confusão, surpresa e incerteza que tomou conta de suas orbes verdes. Ele estava tenso e sua aura era a mesma.

Louis queria fugir dali. Com seu ômega exposto, ele se sentia cada vez mais fraco. Ele se sentiu como um criminoso confessando seu crime à espera de uma sentença.

Ele não era um criminoso, não confessava um crime e não esperava uma sentença.

― Eu sou um Ômega Harry.

Secret Omega • Larry Stylinson ➵ portuguese versionOnde histórias criam vida. Descubra agora