Capítulo 46

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último capítulo.

Estrada para Manchester, Reino Unido (2008).

Em 26 de dezembro, Louis tinha acabado de tomar sua dose de vitaminas e estava entregando o copo com o resto da água à simpática enfermeira que os acompanhava no avião particular da polícia de Londres. A jovem sorriu para Louis e ajudou-o a se enrolar mais uma vez no cobertor que caia sobre seus ombros, mantendo-o confortável e aquecido.

Harry olhou pela janela para as nuvens que davam a impressão de movimento enquanto o avião passava, ele estava pensativo, seus dedos brincando em seu colo. Se ele analisasse bem, as apostas eram altas. Ele estava desconfortável, assustado e perturbado.

Louis se encostou em seu ombro, enrolando-se em uma pequena bola ao lado dele. Harry o aconchegou contra ele, colocando um braço atrás de suas costas instantaneamente. Beijando sua testa e acariciando uma de suas bochechas, Louis ronronou, suspirando e fechando os olhos cansados.

Embora a situação fosse delicada e fossem noites de total angústia no hospital de Londres, o médico disse que seria melhor se Louis fosse tratado em Manchester, onde tinha todos os seus prontuários e onde ficava sua casa. Porque assim seria mais fácil para todos os membros da família. Eles conseguiram uma enfermeira treinada para acompanhá-los caso algo acontecesse no vôo e, assim que Louis estava em condições estáveis, eles o mandaram para casa. Harry nem perdeu tempo solicitando sua transferência de volta para Manchester na agência, Niall disse a ele que cuidaria do envio dos documentos quando estivessem prontos.

― Ele não me tocou alfa. ― Louis murmurou, passando os dedos pelo braço macio de Harry. ― Foi ele quem me disse que estava grávido de um filhote.  Ele disse podia sentir o cheiro.

Harry engoliu em seco.

― Está tudo bem, Louis.

O jovem ergueu a cabeça.

― Ele não me machucou quando descobriu. Ele me deu chá. Ele me disse que ficaria bem. Porque, eu tive um sangramento no banheiro.

Harry o puxou para mais perto dele. 

― Me perdoe. Porque você teve que passar por isso sozinho.

― Eu estava com medo, no entanto.

Harry acenou com a cabeça. 

― Porque ele não ia te deixar ir para casa, não é?

Louis acenou com a cabeça. 

―E eu queria voltar.

― Sim. Claro que você queria ômega.

[...]

A sala ficou em silêncio. Cheirava a desinfetante e Louis estava um pouco cansado de ser fechado por quatro paredes. Mas ele estava esperando pacientemente na mesa de exame, acariciando suavemente seu abdômen ainda plano.

Harry estava encostado em um canto da sala, olhando ansiosamente para seu ômega. Tão lindo, tão perfeito, tão natural. Um nó doeu em sua garganta e ele nem sabia por quê.

Louis estava olhando para cima, sem estar muito ciente do que estava acontecendo ao seu redor. A porta se abriu, o Dr. Chester entrou.

Harry se sentou imediatamente, Louis continuou acariciando seu abdômen.

― Há menos de um mês e meio eu estava deixando você ir para casa e você está de volta aqui, Louis. ― Anunciou o homem, abrindo um pequeno envelope de papel nas mãos. ― Achei que você tivesse sido claro sobre como cuidar de sua saúde.

Secret Omega • Larry Stylinson ➵ portuguese versionOnde histórias criam vida. Descubra agora