Capítulo 8

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Manchester , Reino Unido (2008)

Louis percorreu os corredores da Universidade. Ele não deveria ter elogiado muito sua sorte porque ele estava atrasado de qualquer maneira. Seu carro não tinha dado partida e o ônibus demorou uma eternidade.

Ele não teve escolha a não ser perambular pelos corredores quando a primeira aula terminou, então lá estava ele. Com as duas mãos nos bolsos da frente da jaqueta andando como se estivesse na lua.

Não demorou muito para eu começar a cheirar vários tipos de feromônios. Ele franziu a testa com a grande variedade.

Stress . Medo . Divertido . Adrenalina . Coibição. Pânico .

Tudo no mesmo ar. Ele podia sentir que eram alguns alfas e claramente quem provavelmente estava apavorado era um Ômega.

Ele conseguiu ouvir borbulhar de sons a alguns corredores à frente, então acelerou o passo. Virando-se para o outro lado do corredor, ele percebeu o que estava acontecendo. Havia três Alfas lá e o outro era um simples Beta. Havia também um Ômega, um macho e ele estava rodeado pelos quatro meninos. A expressão daquele pequeno Ômega era uma dor no peito para Louis. Uma de suas principais razões para tomar supressores era porque ele sabia o que o esperava fora de casa e ele não estava disposto a experimentá-lo. Ver a situação o deixou muito zangado. Ter que tomar aquelas malditas pílulas para evitar aqueles idiotas abusivos.

Embora parecesse que eles estavam apenas provocando o jovem e provocando-o, Louis pensou em todos os outros Ômegas que sofriam do mesmo. Classificados como os mais fracos, sendo vítima de muitos outros abusos. De tantos outros que fizeram o mesmo que ele, tomando pílulas por medo do que poderia acontecer com eles fora de casa. Suas bochechas estavam vermelhas e seus pequenos punhos cerrados. Muito determinado e com a coragem saindo pelos poros, caminhou até ficar a poucos passos dos meninos que nem prestavam atenção nele porque estavam rindo e dando empurrões nele.

— Inútil. — Um dos meninos retrucou, depois riu.

— Não serve para nada. — Acrescentou outro. E ver os olhinhos brilhantes daquele garoto tentando se misturar ao seu próprio armário foi o suficiente para fazer Louis falar.

— Você o disse que não serve para nada? — Ele deixou escapar com os olhos estreitos. A zombaria parou por um momento e os cinco meninos se viraram para ver.

Os alfas se entreolharam um pouco confusos com o menino baixo na frente deles.

 — Você perdeu alguma coisa? — Perguntou o beta, cruzando os braços.

 — Não. Mas e você? Eu acho que sim. O cérebro. — Ele estalou.  — Por que vocês estão incomodando ele? — Ele negou em frustração.

— Rapaz, e você? — Outro alfa falou. — Saia daqui.

Louis sentiu seu Ômega se mexer desconfortavelmente dentro dele ouvindo o tom nas palavras do alfa, mas não foi o suficiente para fazê-lo recuar. Ele respirou fundo, enojado pelos feromônios estranhos e fez uma careta.

 — Você se atreve achamá-lo de inútil, quando os únicos que são bons para o lixo aqui sãovocê. — Ele cuspiu irritado. — Vocês vêm para a escola só parafoder. Para medir os corredores já que a única coisa que vocês não fazem éestudar. Vocês são os malditosinúteis.

Os meninos ficaram perplexos na frente dele. O que havia de errado com aquele homem de olhos azuis? Dois dos alfas fungaram tentando descobrir como aquela pequena pessoa na frente deles podia ter tanta coragem. Eles não encontraram nada além de um cheiro forte vindo dele. Ele cheirava a alfa, mas claramente ele não podia ser um alfa. Sua condição física falava muito.

Secret Omega • Larry Stylinson ➵ portuguese versionOnde histórias criam vida. Descubra agora