Secret Omega • Larry Stylinson ➵ portuguese version

Capítulo 1

Manchester, Reino Unidos (2005).

Louis abriu os olhos sentindo os raios de sol entrarem por sua janela e piscou por alguns segundos olhando para o teto de seu quarto. Um único movimento o fez perceber que todo o seu corpo doía, como se tivesse lutado uma maratona por dez horas. Sua cabeça latejava, ele colocou a mão na testa e percebeu que começava a queimar de febre.

Ele não sabia o que estava acontecendo com ele, nunca havia sentido a experiência de algo semelhante ao que sentia neste momento. Ele estava suado, seu cabelo grudado na testa  e ele sentiu os lençóis molhados envolvendo sua pele.

Algo não estava certo, algo estava muito errado. Ele começou a gemer baixinho, a dor em seu abdômen e na parte inferior das costas ficando cada vez mais forte. Ele se sentia como se estivesse se afogando a cada segundo que passava. As lágrimas não demoraram a aparecer e o mais alto possível  ele gritou chamando por aquela que sempre o defendeu de tudo.

― Mãe!

Do outro lado da casa, Johanna ouviu seu filho, seu chamado desesperado a fez entender o que estava acontecendo. Assustada, ela deixou os legumes que estava cortando e correu alguns lances de escada acima tentando chegar ao quarto de seu filhote. Ao entrar, ela encontrou Louis enrolado nos lençóis, tremendo e suando com lágrimas molhando seu rosto ainda mais. Ela engoliu em seco e caminhou até ele.

― Calma, meu amor, está tudo bem.

[...]

― Como ele está? ― Perguntou Ben, o pai de Louis, chegando da cozinha onde estava perdido em seus próprios pensamentos, de tão angustiado que estava em relação à seu filho.

A mulher suspirou e olhou para o marido demonstrado preocupação.

― Eu o levei para tomar um banho para baixar um pouco a temperatura. Eu...conversei com ele sobre o que está acontecendo.― Ela ajeitou os cabelos.  ― Ele não prestou muita atenção em mim, está assustado, confuso. Eu deveria ter falado com ele antes Ben, eu sabia que isso iria acontecer. Eu deveria ter feito algo sobre isso. ― Ela balançou a cabeça tristemente.

Ben franziu a testa.

― Ninguém sabia o que estava acontecendo, ou o que estaria vindo para Louis, querida. Não diga algo assim.

Os lábios de Johannah se abaixaram em um pequeno beicinho, ela passou as costas da mão trêmula pela testa e balançou a cabeça novamente.

― Eu sou a mãe dele, reparei o que aconteceria há muito tempo. Suas mudanças repentinas de humor, seu comportamento gentil e amoroso...você notou que ele ganhou peso nas últimas semanas? Eu percebi, Ben. ― Ela engoliu em seco, os olhos azuis brilhando com as lágrimas. ― Oh meu pequeno...― Ela olhou para o chão com pesar. ― É tão ruim, você deveria ter o visto pela manhã.

O homem também tinha um nó em sua garganta, tinha ouvido os soluções do filho durante toda a manhã e doía o coração sentir que Louis estava sofrendo com tudo aquilo. 

― Estamos juntos com ele, para o que nosso filhote precisar, Jay. Ele ficará bem em breve. Verá que sim.

[...]

Louis estava com sono, estava tudo acabado e ele ainda não conseguia assimilar o que havia acontecido. Ele estava respirando com dificuldade, as lágrimas não pararam e nem seus soluços.