Capítulo 5

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Manchester, Reino Unido (2008)

Três anos depois 

Louis estava sentado em um banquinho de madeira na cozinha e calmamente observava Harry comer à sua frente. Suas pernas balançando suavemente sem conseguir tocar o chão, apenas meias listradas vermelhas cobrindo seus pezinhos.

A lua entrava pela janela da cozinha do apartamento de Harry, e o cacheado recebia a luz de trás, deixando alguns raios escaparem pelo contorno de seu corpo moldado. Uma camiseta cinza o cobria junto com uma calça esporte, seu cabelo caindo nas laterais do rosto, levemente desgrenhado como sempre.

Era sábado e Louis tinha dormido lá, então naquela manhã ele estava vestindo um suéter de Harry que o mesmo havia emprestado para que ele pudesse usar como pijama, Muito grande, deve ser dito.

E Harry... Harry simplesmente perdeu sua batalha por se recusar a sentir qualquer coisa por Louis que não não fosse além de uma bela amizade. Quando ele aceitou, há muito tempo deve-se dizer, ele simplesmente deixou passar. Não valia a pana nem pensar em fazer algo para mudar a situação em que se encontrava, estragaria tudo e sem dúvida Louis era muito importante para ele. Ele estava contente em tê-lo por perto. Por ser o bom melhor amigo".

Ele sabia que não podia se concentrar e dar tudo de si por alguém que nunca o veria do jeito que ele queria, mas para Louis valia a pena ficar quieto. Seu amigo era especial. Para ele, Harry abriu uma exceção.

Meses atrás apenas tentou esse sentimento e graças a Deus as coisas não ficaram difíceis.

— Por que você está olhando tanto para mim? — Harry perguntou, colocando um pãozinho de camarão na boca.  Seu passatempo favorito era comprar comida chinesa e ouvir Louis xingar por não saber usar o hashi e finalmente vê-lo comer tudo com uma colher comum.

— Você voltou do restaurante com uma cara esquisita. — O mais jovem deu de ombros, tomando um gole de seu chá gelado.

— Do que você está falando? — Harry esticou os lábios em um sorriso malicioso.

— Tem a ver com aquela caixa que você levou para o seu quarto quando chegou e não me deixou ver, é claro. — Louis sorriu, inclinando a cabeça.

— Provavelmente.

— Por que você não me deixou ver o que havia dentro? — O homem de olhos azuis ergeu uma sobrancelhas, uma bela carranca em seus lábios finos.

— Porque não. É um segredo.

— E desde quando existem segredos entre nós, Hazza? — Seu lábio inferior se projetou um pouco. Louis fez beicinho e Harry queria morrer, porra.

— Sim, você descobrirá mais tarde.

 O mais baixo bufou, continuando sua refeição.

— Como vai a faculdade? — Perguntou o encaracolado, comendo alguns vegetais do prato.

— Está um tédio como sempre. Estudar direito não é a coisa mais extravagante do mundo.

— Hum, cuidado, você está falando sobre meu trabalho. — Ele zombou. — O que tem aprendido? — Questionou o mais velho.

— Eu não sei Harry! É sábado, meu cérebro não funciona nos finais de semana para fins educacionais. 

O outro riu e balançou a cabeça,

— Se não fosse por minhas contribuições, com certeza você não seria aprovado nas disciplinas. — Murmurou.

— Me emprestar seus livros de direito que você usou anos atrás não são contribuições.

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