DEATH.TIME.LOVE [DRAMIONE]

Mãe

Draco jamais saberia colocar em palavras os acontecimentos que sucederam o momento que Hermione desfaleceu contra seu ombro. Um grito desesperado deixou seus pulmões, chamando por Gina, Luna, Harry ou qualquer um que pudesse lhe ajudar. O bebê recém-nascido em seu colo ainda chorava, agora ainda mais desesperado e de forma estridente.

Gina, o marido e Luna entraram no quarto abruptamente. Os olhos de Luna se arregalaram ao ver o estado de Hermione deitada sobre a cama, Draco ao seu lado chamava seu nome constantemente, implorando por uma resposta que não parecia chegar. A loira caminhou até o lado da cama, conferindo os sinais de Hermione. Quando ela levantou o lençol sobre seu corpo, Luna correu até Malfoy e colocou uma mão sobre seu ombro.

-Draco, eu preciso que você espere lá fora. -Ela falou de forma trêmula, os olhos azuis muito arregalados.

-O que está acontecendo? -Draco implorou desesperado. O bebê em seu colo ainda clamava por atenção.

-Ela teve uma hemorragia. -Luna explicou de forma séria. Sua voz parecia distante para os ouvidos de Malfoy. -Eu preciso começar os procedimentos imediatamente.

-Draco... -Gina chamou. Seus olhos azuis também estavam cobertos por lágrimas e sua voz não passava de um fio. -Me dê o bebê, eu vou cuidar dele por enquanto.

-Mas... -Draco olhou para o corpo da esposa que parecia perder a cor diante de seus olhos, depois Draco olhou para o filho em seu colo.

-Ele precisa ser lavado e alimentado. -Gina engoliu com dificuldade sua saliva, os olhos pousando no rosto da criança. -Você pode me acompanhar enquanto espera.

-Draco, eu preciso que você me faça um favor. -Luna falou olhando o homem enquanto sacava sua varinha e começava um feitiço complicado que Draco não conhecia. Certamente se tratava de algum procedimento médico. -Chame Dumbledore! Conte a ele tudo o que aconteceu aqui e peça por ajuda imediatamente.

-Draco, o bebê... -Gina começou aproximando-se para pegar a criança de seu colo.

-Hermione decidiu o nome. -Draco murmurou olhando novamente para o rosto do filho.

-Ela já...

-Ronald. O nome dele é Ronald. -Draco sussurrou.

Gina deixou o ar dos pulmões escapar em uma exclamação surpresa. Em seguida, ela soltou um muxoxo e fungou, grossas lágrimas agora molhavam todo o seu rosto. Ela assentiu em compreensão.

-Draco, deixe-me cuidar de Ronald.

(...)

-Por que ela não me contou? –Draco murmurou passando uma mão de forma desesperada pelo rosto e cabelo.

Gina havia alimentado o bebê e o limpado antes de devolver o filho para Draco. Ele segurava a criança em seu colo como se ali estivesse sua própria vida embrulhada em mantas de lã. Gina havia corrido para o seu lado em uma forma de consolo, uma mão sobre seu ombro.

–Se eu soubesse, eu estaria aqui. Eu teria dado um jeito de estar aqui.

-Draco, Hermione não queria que você se preocupasse. –A Potter falou, seus olhos cheios de lágrimas de dor e agonia. –Ela tinha medo que...

-E do que adiantou? –Ele falou em voz baixa, seus olhos fitando o chão. –Olhe a situação em que estamos. Se eu ao menos tivesse sabido antes, se eu tivesse recebido uma carta, vocês não teriam sido atacadas enquanto estavam sozinhas. Eu estive com vocês há alguns meses, ela poderia ter me contado. Vocês poderiam ter me contado. -Draco falou olhando com o canto dos olhos para a amiga que chorava copiosamente.