Capítulo 7 - Iniciada

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Malfoy já começava a organizar sua mesa e pensava em sair do trabalho alguns minutos antes quando a porta de seu escritório foi aberta com um safanão. O loiro fuzilou com o olhar quem quer que ousasse entrar em sua sala daquela forma, depois relaxou, revirando os olhos e bufando ao ver que era seu parceiro.

Potter, apesar do bom humor habitual, estava sério. Ele segurava um envelope pardo selado em suas mãos e o ergueu mostrando a Malfoy. Draco voltou a se sentar em sua cadeira.

-São as informações que pedi? -O loiro perguntou estendendo a mão para os documentos que o amigo lhe passava.

-Sim, não há muita coisa sobre a família. -Harry deu de ombros. -O único bem da família Granger é a casa onde os pais vivem. O homem vem de uma família bruxa pequena, filho único. A mãe é a última de sua família, seus pais morreram de velhice no interior e seu único irmão morreu de doença anos antes da guerra.

-Nenhum registro policial?

-O de sempre. Alguns vizinhos denunciaram ter ouvido gritos, mas nunca houve uma queixa. Com o tempo as denúncias pararam. -Harry fez uma pausa passando a mão pelo queixo. -Parece que o pai tem histórico de abusar da bebida.

-Entendi... -Malfoy colocou os documentos em sua frente e os olhou por um momento. Ele não podia negar que estava um pouco decepcionado com os registros que havia conseguido. Era muito menos do que pensou que encontraria. -Estou pensando em pedir uma ordem de restrição em nome da Hermione.

-Eu imaginei e acho prudente. -Harry assentiu. -Há poucas coisas no registro, mas depois do que aconteceu em sua casa não imagino porque o Ministro negaria.

-Pode ser. Farei o pedido formal de qualquer forma. -Draco juntou os documentos e os colocou de volta no envelope com um suspiro.

-Tem mais uma coisa, Malfoy... -Potter falou erguendo um dedo para os documentos. -Não há qualquer registro mágico sobre Hermione, pode ser que ela seja aquilo que chamam de... "aborto".

(...)

Hermione lia as últimas páginas de um livro quando ouviu o som da porta da frente ser aberta. A menina ergueu a cabeça, marcando a página que lia com um pedaço de papel que fazia de marca-página. Malfoy ainda tirava as botas quando Hermione apareceu ao seu lado.

-Chegou tarde hoje. Está tudo bem?

-Sim, Potter apareceu quando eu estava quase saindo com um documentos que eu tinha que ver. -Ele explicou. -Já jantou?

-Estava esperando você. -Hermione sorriu.

Durante o jantar, Malfoy não conseguia esquecer o que foi dito por Potter. Sabia que os pais de Hermione não tinham grandes feitos mágicos, mas poderia ser que Hermione tivesse nascido desprovida de qualquer magia? A menina teve apenas uma introdução a conhecimentos gerais básicos, duvidava que os pais teriam a instruído em magia.

Hermione parecia completamente alheia aos pensamentos do marido. Ela obviamente havia percebido que ele estava mais calado, porém julgou que aquele era seu humor naquele dia. A jovem fez sua refeição em completo silêncio e ficou surpresa quando Malfoy a chamou ao terminar.

-Poderia se juntar a mim na sala de estar por um instante?

-Claro. -Franziu a testa. -Algo de errado?

-Só algo que eu gostaria de testar.

Malfoy chegou à sala desligando a maioria das luzes e fechando as imensas cortinas que Dobby havia ajudado Hermione a pendurar alguns dias antes. Quando deu por si, Hermione percebeu que estariam completamente no escuro, se não fosse por um último abajur ao lado de seu marido.

DEATH.TIME.LOVE [DRAMIONE]Onde histórias criam vida. Descubra agora