CHAPTER 34

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A CIDADE ESTAVA UM CAOS.

Para qualquer lugar que eu olhava, havia casas desabadas e destelhadas, árvores e faróis caídos no meio da rua e pessoas desesperadas. O céu estava tão azul que parecia que nunca houve tempestade nenhuma, se não fosse pelo cenário à nossa volta. 

Tudo que eu havia conhecido quando cheguei na cidade havia sido destruído.

Quando olhei para trás, a livraria de Kellan, antes tão bonita, agora não passava de restos de madeiras e páginas soltas do que um dia havia sido livros. Lágrimas começaram a brotar dos meus olhos.

— Socorro! — ouvi uma voz abafada, de alguém que parecia longe de onde eu estava, gritando — Alguém me ajude!

Eu virava meu pescoço para os lados, mas não via ninguém ao meu redor. A voz voltou a ressoar, ainda mais desesperada, e num ímpeto, comecei a correr em direção a ela.

Virei a rua quando vi uma mulher agarrando seus cabelos, parecendo em choque. Eu me aproximei dela, que arregalou os olhos quando notou a minha presença.

— Por favor — ela implorava — Ajude meu marido.

Meus olhos ficaram tão arregalados quanto os dela. A mulher apontou para uma pilha de madeira que havia perto do que antes era uma casa.

— Ele está aqui.

Os pedaços de madeira eram enormes e eu temia que apenas nós duas não seríamos o suficiente para conseguir tirá-lo de lá.

— Pegue aquela ponta — eu disse para ela — enquanto eu pego a outra. Quando eu contar até três, nós puxamos a madeira simultaneamente.

A mulher balançou a cabeça em concordância.

— Um — comecei a contar — Dois. Três.

Eu comecei a puxar, mas mesmo com a ajuda da mulher, estava pesado demais. Eu fechei meus olhos enquanto fazia força, mas parecia impossível. Estava quase derrubando a madeira em desistência quando, de repente, ela começou a ficar mais leve.

Abri meus olhos e encontrei Kellan, Magnus e Cassius nos ajudando a erguer a madeira. Eu consegui sorrir à medida que retirávamos aquele pedaço do caminho.

— O que houve? — Rhys perguntou para mim.

— O marido dela — respondi, resfolegando — Está preso aqui.

Kellan balançou a cabeça em concordância.

— Temos que retirar esses entulhos — Kellan dizia para seu primo e para meu pai — Savannah, por favor, pegue meu celular e chame uma ambulância.

Ele me passou seu telefone e eu o abri. Quando tentei ligar para a emergência, não consegui finalizar a ligação, pois não havia sinal.

— Droga — resmunguei, atraindo a atenção de Kellan — Não tem sinal.

Ele respirou fundo.

— Vamos nos concentrar em retirar ele daqui primeiro.

Balancei a cabeça em concordância.

Eu ajudei-os a retirar as madeiras que estavam ali até que encontramos uma mão, saindo por entre os espaços. Continuamos forçando a retirada da madeira quando finalmente encontramos a cabeça do homem.

— Vou tentar retirá-lo — Magnus disse — Tentem segurar o máximo que podem.

Nós concordamos com a cabeça conforme meu pai se abaixava. Ele segurou o homem pelos ombros conforme tentava retirá-lo. O homem parecia estar inconsciente, o que aumentava a dificuldade de Magnus conseguir tirá-lo de lá.

TODOS OS PECADOS OCULTOS (VOLUME 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora