TODOS OS PECADOS OCULTOS (VOLUME 1)

CHAPTER 39

SAVANNAH SKYLAR AIDEN

A ÚLTIMA PARTE DA CASA finalmente havia sido finalizada.

Eu fiquei observando ela do lado de fora, com um sorriso no rosto. Foi realmente emocionante quando levantamos o último pedaço de madeira e quando finalizamos as paredes externas e internas. Eu achava que não poderíamos reconstruí-la, e se fosse possível, não seria tão rápido.

Mas aconteceu. Cassius e Kellan conseguiram diversos profissionais, como pedreiros, marceneiros e construtores experientes. Kellan contratou até mesmo designers para decorar a casa de uma maneira que nós gostássemos. Eu simplesmente não conseguia acreditar que conseguimos!

Parecia tão impossível; como um ponto distante em uma imagem, tão distante que quase não dava para vê-lo. Mas nós conseguimos e eu simplesmente não conseguia não me emocionar com isso.

— Oi — uma voz forte sussurrou contra meu ouvido e dois braços fortes rodearam a minha cintura — No que está pensando?

Mordi meu lábio inferior.

— Só estou emocionada por termos terminado tudo tão rápido.

Kellan suspirou em minha pele, fazendo-a esquentar.

— Eu imagino — ele se afastou um pouco para observar a casa de Magnus, a nossa casa — Eu também me sinto assim.

Eu soltei uma risada.

— É, só que você não demostra isso chorando, como eu.

Kellan deu de ombros.

— As pessoas têm diferentes modos de demonstrar o que sentem. Por exemplo — ele abriu um sorriso tão malicioso que senti minhas bochechas esquentarem conforme ele apertava seus braços em minha cintura — eu poderia demonstrar perfeitamente como me sinto com relação a você.

Desviei meu olhar.

— Você está bem animado mesmo — murmurei, em tom de brincadeira — Kellan?

Ele permaneceu me observando quando soprou:

— O que?

— Você acha que isso vai dar certo? Nós dois? Eu tenho medo...

— Eu sei — ele me interrompeu, agora mais sério — Eu também tenho medo. Mas eu prefiro arriscar. Eu prefiro me arrepender de ter tentado do que não tê-lo feito. Embora eu saiba que eu nunca vou me arrepender de tentar ficar com você todos os dias da minha vida.

Não consegui evitar abrir um sorriso enorme diante de suas palavras.

— Eu também sei disso. Por mais que eu tenha medo, eu acredito que vamos conseguir passar por isso.

Ele escorregou seu braço direito da minha cintura e levou sua mão até a minha, juntando seus dedos com os meus.

— Juntos — ele murmurou.

Balancei a cabeça.

— Juntos.

***

Nós estávamos em um restaurante, comemorando o fim da reconstrução da casa de Magnus, quando Ainsley disse, discretamente, que precisava falar comigo. Pela expressão séria dela, imaginei que fosse urgente.

Eu a acompanhei até o lado de fora do local e percebi que ela estava tensa. Cruzei meus braços à medida que ela andava de um lado para o outro na calçada.

— Por Deus, Ainsley, você está me assustando.

Ela respirou fundo e finalmente parou diante de mim.