TODOS OS PECADOS OCULTOS (VOLUME 1)

CHAPTER 36

SAVANNAH SKYLAR AIDEN

— Puta merda!

Comecei a gargalhar de Cassius quando ele praguejou após um tijolo cair em sua cabeça. Ele mexia suas mãos na cabeça, em uma fracassada tentativa de amenizar a dor. Claramente não deu muito certo, pois sua careta de dor permaneceu.

— Bem feito, idiota — disse minha irmã — Quem mandou dar uma de super herói?

James revirou os olhos e ergueu o dedo do meio para Ainsley, que fez o mesmo.

— Parem com isso, vocês dois — eu censurei, embora ainda estivesse com um sorriso no rosto — Vamos embora, já está escurecendo.

Eu me levantei da escadaria que já havíamos terminado e retirei a poeira da bunda. Olhei em volta e fechei os olhos quando uma brisa fria atingiu meu rosto.

Quando abri meus olhos, olhei em volta. Parecia que os moradores da cidade inteira se mobilizaram para ajudar uns aos outros na reconstrução das casas. Era algo tão bonito, o modo com a qual eles se ajudavam sem esperar nada em troca. Eu estava começando a compreender aquela cidade e estava aprendendo a gostar dela.

— Vou deixar a chave de casa com você — James falou para mim, estendendo-me a chave — Preciso fazer um trabalho hoje e já estou atrasado dez minutos.

Franzi o cenho à medida que pegava a chave e a guardava no bolso.

— Que trabalho?

Cassius me lançou um sorrisinho convencido.

— Nada demais — ele piscou.

Um barulho ressoou no celular de Cassius, fazendo-o pegar o aparelho. Algo que ele leu o fez arregalar os olhos.

— O que foi?

Ele digitou alguma coisa antes de guardar o telefone no bolso de novo.

— Kellan está no bar — ele respondeu, meu coração dando um sobressalto ao ouvir o nome dele ser pronunciado — E parece não estar nada bem.

Ele passou as mãos nos fios enquanto eu dava de ombros.

— O que há de tão ruim ele estar no bar?

— Você não entende, Savannah — a maneira séria no qual Cassius falou me deixou nervosa — Kellan não gosta de frequentar o bar. Na verdade, eu nem me lembro a última vez que ele foi em um. Isso não é normal.

Mordi meu lábio inferior.

— Eu posso ir buscá-lo — sugeri, tentando soar calma e não parecer que estou ansiosa em vê-lo — Afinal, você precisa fazer o seu...trabalho.

James ergueu uma sobrancelha e suspirou.

— Você acha que consegue fazer isso? Quer dizer, até onde minhas fontes limitadas e questionáveis sabem, vocês dois não estão se falando.

Olhei para Ainsley, que ergueu os braços em rendição.

— Ei, não olhe para mim — ela pronunciou.

Rolei os olhos.

— Eu posso fazer isso, Cassius — afirmei — Vá para o seu compromisso.

James balançou a cabeça e logo subiu em sua moto.

Antes de colocar o capacete, ele olhou para Ainsley.

— Quer uma carona?

Tate abriu a boca, mas antes que ela tivesse a oportunidade de negar, eu falei por ela: