"Quando por muito tempo pensamos que algo é de um jeito a realidade sempre vai nos causar dor, pelo fato de termos sido enganados"
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Eu estou ansioso para ir ao tribunal, mas tenho consciência de que preciso fazer isso, pelo menos para me livrar de meu próprio pai. É melancólico ter que pensar dessa forma, mas é uma necessidade, pois enfim poderei respirar aliviado, sem me preocupar se estou errado ou não.
Mas quem eu quero enganar? A mim mesmo? Eu estou cheio de medo. E se ele ganhar a causa e me levar embora? Meus pensamentos estão somente nisso, esse é o momento em que definitivamente eu quero ser invisível.
Depois de muita conversa com Namjoon no banheiro do meu quarto, eu finalmente resolvo sair e terminar logo com isso.
Essa semana foi baseada em um monte de mentiras minhas, eu não conseguia dormir pela adrenalina e o medo que estou sentindo. Menti para o pai do meu amigo, tia Nari, o próprio Namjoon e Taehyung. Eu ficava acordado nas noites passadas e pela manhã, na cozinha, dizia para todos que tinha boas noites de sono.
Meu coração aperta.
Não quero ser um problema para ninguém, eu já tenho os enchido de problemas demais.
Quando chegamos no tribunal, eu começo a ficar apavorado. É agora, eu irei dar fim ao maior dos meus problemas. Meus avós estão aqui e eu me sinto envergonhado perto deles. Já fiz tanta coisa... menti para eles, demonstrei desconfiança, e apesar de tudo eles me vêem, vem até mim e me abraçam com olhares que dizem me apoiar.
Logo mais, meu pai, irmão e várias outras pessoas estão aqui. O julgamento se inicia e sou complicado para não chorar. Deixo lágrimas de tristeza e raiva pelo tanto de mentiras que contam, pelas coisas contrárias do que de fato tinha acontecido.
Escutar o segurança do meu pai e do meu irmão é horrível, me dá raiva, uma vontade imensa de bater em Junghyung como nunca fiz. Ele mesmo via tudo.
A minha testemunha principal é um dos empregados da minha casa. Eu estou cruzando os dedos para que essa pessoa seja suficiente e a prova de tudo.
Depois que Chung Hee fala suas mentiras, minha testemunha é chamada, mas...ninguém aparece. Um pavor me toma e, me pondo de pé, procuro a pessoa, mas o empregado não está aqui. Choro copiosamente, pois tudo está perdido.
O juiz quer dar tempo para um intervalo para que a testemunha apareça, mas eu sei que irá ser perca de tempo. Ele não vai aparecer.
– Não há necessidade, Senhor meritíssimo. – Daehy surge através da entrada.
Vejo que seu rosto está com alguns hematomas e fica difícil de me segurar para não gritar. Que merda ela está fazendo? Apesar de tudo, eu estou surpreso. Ele bateu nela! Como ele pode ser tão covarde.
