"Não é medo de começar denovo , é medo de ter o mesmo resultado"
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Encontro-me na minha casa depois de sair correndo da casa de Lisa. Por que eu não dormi na casa de Jimin? Porque, simplesmente, ele estava pior que eu naquela festa. Lisa também estava bêbada, mas tinha mais juízo que nós dois juntos, na verdade eu nem sei como fui parar na casa dela. Voltei para casa porque Lisa me sacudiu apressada e neste momento estou tomando café, minha mãe está me olhando horrorizada.
– Taehyung, coma devagar. – Ela repreende.
– Eu estou atrasado.
– Problema seu, coma direito, criança. – Levanto-me tomando o leite.
– Tchau, mãe, tenho que ir. Tenha um bom dia. – Saio apressado vendo a mesma com a cara feia.
[...]
Quando chego na escola, lembro de novo que terei que evitar Jungkook de qualquer maneira. Meus amigos não podem descobrir sobre ele e sua insistência. E mais uma vez sinto aquele peso sobre mim, o peso de minhas escolhas. Penso em dizer a verdade, mas só não sei como fazer isso. Entro na sala junto ao professor, não olho para Jungkook mesmo querendo, por que eu quero sim, mas é melhor não.
[...]
Na hora do intervalo nos sentamos no mesmo lugar de sempre. Todos falam sobre a festa esobre as merdas que Jimin fez com Hoseok, e eu continuo calado apenas ouvindo. Até ouvir meu nome ser chamado.
– Taehyung? – Olho, procurando quem me chama. – Oi, Taehyung, eu sou Bogum. – O garoto sorri levemente.
– Ah, olá, Bogum. – Sorrio.
– Será que podemos conversar? – Coça a nuca. – Só nós dois, perto dos armários.
– Claro. Licença, pessoal, volto logo. – Olho para todos.
– Não tenha pressa. – Diz Jimin, rindo malicioso fazendo todos rirem, e eu lhe estiro a língua enquanto saio com Bogum.
Chegando nos armários, eu me encosto na parede e espero ele se pronunciar.
– É que eu não sei se você lembra... mas... nós beijamos na festa. – Diz, sem graça.
– Lembro. – Rio, fazendo ele rir junto. Eu não lembro detalhadamente, estava muito bêbado.
– Então... quero saber se podemos ser amigos... – Eu sei que ele não quer só amizade. Mas não custa nada tentar, não é?
– Claro, já somos. – Sorrio fechado, tentando o deixar confortável.
– Espero não ter sido mal interpretado, você é muito bonito... hm, quero dizer, você é legal...não que você não seja bonito, você é, é só que... – Rio alto por ele estar nervoso e se enrolando.
– Eu entendi, não se preocupe. – Respondo, colocando as mãos na cintura.
– Oh, sim, então não vou mais tomar seu tempo. Nos vemos por aí?
– Ah, sim, nos vemos por aí. – Sorrio e vou me afastando de volta para a mesa. Vejo o horário e sei que temos que voltar para a sala.
Sento novamente e todos falam entre si me olhando, mas nada falo. Então Jimin me dá um empurrão.
– Vamos, seu boboca, diga logo o que aquele pitel queria com você.– Diz, rindo.
– Minha amizade. – Baek ri alto e todos fazem o mesmo.
– Ai, você não acreditou nisso, não é? – Diz Jennie.
– Não, né? Vou ver no que vai dar. – E começo a dizer detalhadamente o que aconteceu.
[...]
Depois das últimas aulas, volto para casa e ajudo minha mãe no almoço já que ela está de folga. Almoçamos juntos e meu pai volta mais tarde, converso com os meninos pelo chat.
Bogum conseguiu meu número e com certeza com Jimin que quer muito que dê certo. Eu realmente não sei se quero. E se for a mesma coisa? Ou pior? Eu não sei se realmente quero aquilo, Jungkook não irá aceitar. Sobre a mentira, eu não sei o que vou fazer. Uma hora ou outra os meninos vão descobrir a bola de neve e eu preciso encontrar uma solução mesmo que não tenha nenhuma. Eu estou fodido.
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