"Meu coração é um museu de versões de mim morrendo sem fôlego".
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A noite chega e tomo meus remédios que haviam sido passados pelo meu psicólogo, pois tive crises de pânico. Não estou conseguindo dormir, não sei a quanto tempo estou olhando para o teto, me levanto e olho para o relógio no celular, são uma da manhã. Não me resta escolha a não ser me levantar e procurar meus remédios para insônia. É preciso apenas um comprimido, mas eu tomo quatro porque sei que esses comprimidos não fazem efeito nenhum em pequena quantidade.
Quando finalmente os remédios fazem efeito, durmo por três horas para acordar às cinco da manhã. Levanto-me, tomo um banho rápido e me arrumo, vou à cozinha, como o bolo que está na geladeira e corro para pôr os sapatos e sair dessa casa. Preciso ver Namjoon, mesmo sem ninguém saber. Estou próximo da saída, que os seguranças são pagos para proteger, e logo sou barrado.
– Desculpe, senhor Jeon, mas seu pai disse para não deixarmos você sair, a não ser que tenha pedido permissão a ele. – Diz o segurança, com o braço em minha frente.
Caramba, Chunghee é inteligente! Essa é nova, não esperava, estou surpreso.
– Ah, tudo bem...vou voltar para o quarto. – Minto.
Volto o caminho e vou para os fundos da casa decidido a pular o muro. Irei ver Namjoon de qualquer forma! Eu sei que só sairei dessa casa quando for para ir em destino ao aeroporto e estou temeroso mesmo assim, sempre tem seguranças circulando por aqui.
O muro é enorme, olho para os lados e vejo um dos empregados da casa me olhando, levo um susto.
– O que faz aqui tão cedo, senhor Jeon?
– Ajude-me, por favor! Se me ajudar eu serei muito grato. – Falo muito aflito, ele sabe o que acontece comigo nesta casa, os empregados devem falar ums para os outros.
Ele pensa por alguns segundos e logo vem até mim.
– Do que precisa?
– Obrigado, preciso que me ajude a pular o muro.
– Certo, suba em meus ombros.
– Como farei isso? – Pergunto ainda mais aflito e confuso.
– Ah, vamos! Não sabe escalar uma árvore? – Eu nego com a cabeça. – Está bem... – Ele junta as duas mãos. – Pise na minha mão e pegue impulso para cima com um pulo.
– Certo. – Coloco o pé em sua mão.
– No três, você dá um impulso com esse pé, que está no chão, para cima e com as minhas mãos e toda minha força, eu jogarei você para o alto. – Eu aceno e seguro seus ombros.
– Um, dois, três! – Dou um impulso para cima e sou jogado.
