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Jungkook on
O ciúmes é uma coisa tão filha da puta. Faz a gente sentir muita raiva, eu me sinto puto de raiva. Ver o meu garoto dar bola para outros caras me deixa irritado. Eu poderia querer o bem de Taehy, e deixar ele ser feliz, mas não consigo imaginar ele com outra pessoa. Bem hipócrita da minha parte, né? Todos naquela escola sabem que eu tenho um penhasco por Taehyung, eu deixei claro na festa do meu colega Alex. Todos sabem e isso me deixa louco de ódio.
Foi nesse dia que fui na casa de Taehyung e joguei uma pedra na janela dele. Eu bebi muito e acho que minha bebida tinha droga, eu estava fora de mim. Beijei muita gente e fui para o palco. Namjoon tentou me impedir, mas não conseguiu, e eu disse no microfone que Taehyung pertence a mim e quem ousar querer tocar nele vai ter que passar por mim. Depois dançei e bebi feito um louco e fui a casa de Taehyung. Disse que queria que ele morresse, mas não era verdade. Não estou colocando culpa na bebida, eu apenas quero superar ele, vejo o quão magoado o deixo, os seus olhos tristes me fazem ter desgosto de mim mesmo. Mas o que eu realmente quero saber é: que loucura foi a minha de levar uma pá e uma rosa comigo para a casa de Taehyung? Só consigo lembrar do seu semblante assustado e confuso. Naquela noite eu tinha dito algo para Namjoon, enquanto bebia, sobre Taehy.
( Flashback on)
- Namjoon hyung. - Rio. - Ele é lindo.
- Obrigado, Jungkook. - E bate no meu ombro.
- Não você, hyung. - Digo, irritado. - O meu Taehy. - Digo, colocando a mão no cabelo.
- Oh, sim, ele é bonito. - Rio.
- Ele é o garoto mais lindo que já vi. - Aponto para seu rosto. - Ele é meu. E se ele não ficar comigo, ele não vai ficar com ninguém.
- Jungkook...
- Ele fica comigo ou vai viver um pesadelo. - Bato forte na mesa.
- Eu duvido que ele volte pra você. Não é assim que se conquista, Jungkook. Se o ama, demonstre, porra.
- Mais do que eu demonstro? Eu já faço isso. - Digo, raivoso.
- Isso não é amar. Você trata-o como um objeto, como um boneco.
- Você só fala merda, hyung. É claro que eu demonstro. - Levanto-me.
- Onde vai? - Segura meu braço.
- Casa. - Saio do seu aperto.
[...]
(Flashback off)
E eu fiz a besteira de pegar uma pá, uma flor e ir na casa dele. Estava totalmente bêbado, porra, eu não tenho um pingo de juízo. Eu posso pedir desculpa, mas não adiantará de nada. Eu não teria Kim de volta com isso, ele perdeu a confiança em mim. Ele não me
ama? Pensar isso dói, parece que estão arrancando meu coração, então eu devo apenas aceitar? Ele veio até mim depois disso e pediu que eu parasse, e isso machucou.
Eu não poderei parar, pois é o mesmo que estar desistindo dele. Mesmo sendo um desgraçado, ele
é tudo, tudo o que eu mais quero.
Depois que ele pediu para deixá-lo em paz, eu senti uma dor, senti raiva, e tudo que eu pude dizer foi que: não podia porque não vai ser fácil, que eu não quero.
Agora, vejo Bogum falando com ele perto dos armários. Aquele filho da puta não entende ainda, será que eu tenho que o fazer lembrar? Quando ouço a risada de Taehyung, uma eletricidade de raiva me toma. Eu não faço ele rir, eu só o faço chorar. Depois vejo Bogum segurando a mão dele, me seguro para não ir lá e o esmurrar, também porque eu iria assustar Tae, então, para não ver o que eu não quero, eu saio tremendo de raiva.
Não acredito que vou perder meu garoto para aquele imbecil, não vou perder de jeito nenhum. Não importa o que seja, ele me pertence, pertencemos um ao outro.
Volto para casa com muita raiva, decido beber em casa mesmo, já que eu moro sozinho.
Compro garrafas de uísque, vinho e fico bebendo na sala até ouvir a campainha. E atendo me deparando com Namjoon.
- Oi, Jungkook. - Dou espaço para ele entrar. - Ah, você está bebendo, por quê?
- Não posso? - Sento no sofá o olhando.
- No quê está pensando?Taehyung? Você não bebe sozinho, isso é estranho. - Ri, sentando também.
- Beba comigo, então. - Digo, pegando o meu copo com a bebida e tomando.
- Não estou com vontade. Vim falar com você sobre Taehyung, sei que está deprimido. - Olho para o chão.
- De onde você tirou isso? - Sorrio, forçado.
- Eu vejo, Jungkook. Escute-me, ninguém pode percebe como você está destruído, mas eu vejo e quero te ajudar. - É direto.
- Ajudar em quê? Eu não preciso de ajuda nenhuma. - Aborreço-me.
- Precisa sim! Você quer Taehyung de volta, não quer? Então demonstre para ele que o
quer, Jungkook. Demonstre mudança, vá a um psicólogo, você não está bem. Quero que
mostre para ele que você está diferente e vai melhorar. - Diz, olhando para mim.
- Eu sou um louco por acaso!? - Digo, irritado.
- Você não é, mas demonstrar ser. Você vive cercando ele, Jungkook. Ele está assustado, você não vê? Ele tem medo de você. Quando vai amadurecer e deixar de ser infantil, Jungkook? - Ele parece estar irritado.
- Não tenho nada para mudar. - Falo em um suspiro.
- Tem sim, pense bem no que eu digo, Jungkook. E quando quiser mudar me procure e eu vou ajudar, hm? Agora vou indo, não beba muito, fique bem. - Se levanta indo a porta e saindo.
Pego a garrafa de uísque e bebo feito um louco. Eu quero que Taehyung esteja comigo, é pedir muito? Eu devo ser uma pessoa horrível mesmo. Ele deve me odiar, mas eu não irei desistir, isso não é uma opção. Me pergunto se namjoon está realmente certo. Eu devo ser
realmente um babaca escroto, mas não tenho culpa, sou louco por ele. A maior culpa disso tudo é dele, que insiste em ficar 24 horas na minha cabeça e terminou tudo comigo.
