。・Castaway

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" Estou sem estar
Neste mar contraido
Onde o justo falece
E o corrupto é instruído

Promessas vazadas
Como meu barco a afundar

Alguem pode socorrer
Um naufragado, sem cobrar?"




Alguem pode socorrerUm naufragado, sem cobrar?"

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     Pela manhã, acordo com desgosto, olho para Taehyung que estava dormindo ao meu lado e lembro de todas as coisas que havia feito com ele. Como ele pode ser tão doce a ponto de me perdoar mesmo tendo o feito tão mal? O assustei, o caluniei, o humilhei... e mesmo assim ele está aqui por mim. Ele tinha me perdoado, mas eu nunca me perdoarei.

   Olho para o seu rosto sereno enquanto ele dorme profundamente, logo após, me levanto e vou para o banheiro. Tranco a porta e tomo um banho para logo escovar os dentes, visto uma roupa e volto para o banheiro. Estou decidido a ficar ali o resto do dia, eu não mereço Kim Taehyung, mesmo que seja dito o contrário, ainda assim, não o mereço.

    Sinto meus olhos queimarem, estou prestes a chorar, minha vista embaça e sento no chão próximo a porta. Eu choro, mas choro baixinho para não ter que acordá-lo e incomodar.

   Lágrimas de dor molham o meu rosto. Sei que sou um merda, irei ser sempre assim por culpa de tudo que já me aconteceu, por ser simplesmente fraco.

   Escuto batidas na porta que me assustam, então acabo engasgado com minha própria saliva.

– Kook, você está aí? Abre aqui por favor, quero escovar os dentes. – Taehyung está com uma voz de sono.

Respiro fundo, preciso falar sem dar sinal de que estou chorando.

– Vá no banheiro de baixo, lá tem escovas novas. Você pode escolher qualquer uma. – Falo com rapidez.

– Tá bom, vou esperar você na mesa. – Escuto seus passos se distanciando e suspiro.

   Estou cansado de mim mesmo. Não vou sair desse banheiro, não hoje. Enxugo as lágrimas e olho para o nada imaginando como será quando encontrar meu pai cara a cara. O desgosto que sinto é insuportável, deixa-me com vontade de fazer besteira.

[...]

– Jungkook? Você já está aí há uma hora, querido. Está passando mal? – É Nari.

– Eu estou bem, tia.

– Então desça e tome o café da manhã, meu bem.

– Eu quero ficar aqui mais um pouco, se importa?

– Claro que não, querido, mas não demore a sair, certo?

– Certo, obrigado.

Tempo depois, escuto passos aproximando-se novamente.

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