Capítulo 22 - Pequeno Contratempo

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Olá meninas como vão? Aqui vai mais um capítulo, espero que vocês gostem.


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Recapitulando

Olhos cinzentos. Cabelos loiros escuro. Conde legítimo.

De repente as palavras da velha começaram a fazer mais sentido diante da história que acabara de ouvir.

Seria possível que Darcy fosse filho de Bartholomew Wickham? Mas ele não dissera que os filhos do antigo conde tinham morrido há vinte anos?

— Diga-me, Fitzwilliam, quais eram os nomes dos filhos de Bartholomew Wickham? — Elizabeth indagou, controlando a tensão da voz.

— Os mais velhos chamavam-se John e Martin. O mais novo, Fitzwilliam.


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Logo antes do anoitecer, Darcy decidiu parar em uma pequena clareira. Não se sentia particularmente preocupado com a possibilidade de serem atacados, pois bandidos sempre haviam sido escassos na região. Os homens acenderam uma fogueira e prepararam uma refeição rápida, à base de pão e carne. Lizzy se alimentou pouco e, enrolando-se num cobertor, sentou-se perto do fogo. Terminando de comer, alguns dos soldados também procuraram lugares confortáveis onde se acomodarem, enquanto outros permaneciam vigilantes em seus postos.

Lizzy não foi capaz de dormir. Evitando pensar em Bridget, a dor da perda ainda recente, considerou as implicações da história que ouvira, sobre o conde Bartholomew e o anel roubado. Apesar de seu contato com George haver sido breve, podia muito bem acreditar que o atual conde tivesse algo a ver com o desaparecimento do brasão. Pena que Caroline não fora mais específica em seus comentários.

Entretanto, agora não alimentava nenhuma dúvida de que Fitzwilliam Darcy fosse o legítimo conde de Pemberley, o único filho sobrevivente de Bartholomew Wickham e que, por algum motivo, necessitava manter segredo sobre sua identidade.

Talvez por que George continuasse representando uma ameaça?

Quantas outras propriedades ainda iriam visitar antes de alcançar Londres... e William? Tinha a impressão de que tanto tempo se passara desde que o vira pela última vez. Depois de apenas três anos de ausência, mal podia lembrar-se do rosto do noivo. Evidentemente recordava-se da cor dos cabelos e dos olhos claros, mas os detalhes das feições bonitas haviam se apagado em sua memória. A questão é que William jamais a excitara da maneira como Darcy fora capaz. Quase desejava que aquela viagem durasse para sempre.

De repente, tudo ficou muito quieto. Lizzy notou que Darcy, Charles e Hugh já não conversavam entre si e mantinham-se imóveis, o olhar fixo no fogo. Contudo, não pareciam relaxados. Aliás, nenhum dos soldados se mostrava à vontade. De fato, davam a impressão de estar apanhando as armas.

Um arrepio a percorreu de alto a baixo, uma sensação de perigo iminente inexplicável. Dali a instantes, homens desconhecidos começaram a se mover pelo acampamento, no meio da escuridão. Lizzy levantou-se rapidamente e correu para junto dos cavalos, os sons de luta explodindo no ar. Pelas suas contas, o número de bandidos excedia ao dos soldados do rei.

Obrigando-se a manter a calma, tentou lembrar-se onde havia guardado o estilingue e as pedras que costumava carregar consigo. Se seu padrasto estivesse ali, com certeza iria surrá-la por interferir no desenrolar dos acontecimentos, mas tinha esperança de que Darcy apreciaria seus esforços para ajudar a todos numa hora difícil.

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