Capítulo 2 - Uma visão maravilhosa

47 8 1
                                    


Este é o segundo capítulo, obrigada pelos anônimos que leram a fic, mas é muito bom ter um recadinho tbm falando o que estão achando da fic, aí dá para saber se ela é boa ou não, mesmo assim abrigada por lerem, gostaria de agradecer a  ACBFCARIBENF por sempre comentar as histórias, me deixa muito feliz mesmo. att


« (''•.¸•♥ (''•.¸♥ ¸.•'')♥• ¸.•'') »


Darcy sentou-se num tronco caído nas proximidades do lago, perdido em seus pensamentos.

Acreditava firmemente que George Wickham houvesse planejado a emboscada que vitimara sua família durante a viagem para Bremen, na Alemanha, onde deveriam reunir-se à lady Margrethe. O conde Bartholomewe o filho mais velho, John, tinham sido trucidados diante de seus próprios olhos, o mesmo destino sendo reservado aos servos e soldados que os acompanhavam.

De todo o cortejo, apenas Darcy e um jovem escudeiro, Hugh Dryden, tinham sobrevivido. Precavendo-se caso a emboscada falhasse, George conseguira, de alguma forma, implicar Bartholomew numa tentativa de assassinato sofrida pelo rei Henrique IV. Assim, George se assegurara de que o nome do tio ficaria desonrado, transformando o então conde de Pemberley, e seus descendentes, em renegados e foragidos se, por um milagre, escapassem ao ataque.

Entretanto George e o pai, Clarence, mentores da emboscada, não faziam ideia de que houvera sobreviventes. Para ambos, todo o séquito de Bartholomew fora dizimado.

Porém não apenas Darcy salvara-se como mantivera sua identidade em segredo durante todos os anos em que permanecera na Alemanha, preparando-se para o momento em que pudesse voltar à Inglaterra, já adulto, e destruir George.

Imerso em lembranças, Darcy demorou a perceber uma outra presença nos arredores.

Ao olhar na direção da água, julgou que o luar e a névoa estivessem lhe pregando uma peça. Saindo das profundezas do lago, uma donzela como aquelas dos contos de fada. Imediatamente a irritação e amargura se dissolveram no ar. Sentia-se intrigado.

A pele da desconhecida reluzia sob a luz tênue, os cabelos escuros encarolados caídos sobre as costas nuas. Por um momento foi dominado por um desejo intenso de tocá-la.

Sabendo-a ignorar sua presença, Darcy a examinou demoradamente de alto a baixo, reparando nas pernas bem torneadas, nos quadris arredondados, na cintura fina. Quase não foi capaz de respirar ao vê-la erguer os braços e atirar a cabeça para trás, como se tentasse alcançar a lua.

Embora fosse impossível enxergar-lhe o rosto, não era difícil imaginara beleza das feições delicadas. Vendo a ninfa sair da água e caminhar até um monte de roupas deixadas sobre um banco de areia, Darcy levantou-se num impulso e caminhou ao encontro da figura etérea.

Ouvindo passos repentinos atrás de si a dama, que começara a secar-se, lançou uma capa sobre os ombros cobrindo-se tão decentemente quanto era possível nas circunstâncias.

― Sir! Isso é uma intromissão! ― Lizzy murmurou ao virar-se e deparar-se com o estranho. O homem se movera tão depressa que não tivera tempo de apanhar a adaga, escondida no meio das roupas. Por enquanto, preferia não fazer nenhum movimento súbito, temendo revelar o fato de que possuía uma arma. Melhor agir de maneira civilizada e aguardar a oportunidade de pegar a faca sem que fosse preciso envolver-se numa disputa.

― Entretanto, hesito em desculpar-me ― ele retrucou, ainda sem poder enxergar o rosto da dama, inteiramente escondido sob o capuz. — Até instante atrás, eu não havia percebido sua presença, porém não vou negar ter apreciado bastante os poucos vislumbres de beleza que me foram concedidos.

NOIVA INDOMÁVELOnde histórias criam vida. Descubra agora