Existem dois lados? Mocinhos e Vilões são coisa de ficção ou são reais? Camila Cabello, chefe de um dos maiores cartéis de drogas da América do Norte. Lauren Jauregui, agente da NSA, que recebeu uma missão: desmontar o cartel de Camila, pra isso, el...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Lauren POV
Eu estava no meio do meu treino rotineiro, quando meu relógio apitou, indicando uma nova mensagem, vi ser da general Beckman, minha chefe, então me abaixei e peguei meu celular no chão, na realidade não é bem da general, é uma mensagem automática que chega sempre que ela quer falar comigo, ou com qualquer outra pessoa, peguei minha garrafa de água no chão e me direcionei para sala de transmissão, que é basicamente um local cheio de monitores nas paredes, uma mesa enorme com diversas cadeiras em volta e alguns armários cheio de arquivos e armas. Me encostei na mesa, de frente para o monitor principal, e enquanto esperava a transmissão começar, bebi o resto da água que tem dentro da minha garrafa, a tela acendeu e eu quase cuspi a água pra fora, poderia avisar antes de aparecer, eu hein.
— Bom dia. - Disse sem olhar pra mim, assinando algumas folhas que estão em cima da sua mesa. — E então, já decidiu?
— Sim. - Sequei o suor do rosto e voltei a olhar pra ela. — Eu quero Ricky Whittle, e o novato.
Ela parou o que estava fazendo e olhou pra mim, me analisou durante alguns segundos, até que soltou a caneta em cima da mesa.
— Você ouviu o que acabou de falar? - Perguntou séria.
— Sim, general, que quero Ricky Whittle e o novato. - Repeti convicta.
— Onde foi sua última missão? - Perguntou.
— Paquistão. - Respondi.
— Com quem?
— Ricky Whittle.
— Isso, vejo que não foi atingida por nenhum surto de amnésia. - Ajeitou os óculos no rosto. — Vocês não formam uma boa dupla, os dois são cabeça dura, o que resultou em ele deixando você pra morrer.
Soltei o ar dos pulmões estressada, odeio ter minhas decisões contestadas, eu sei o que faço.
— É exatamente por isso que quero ele fazendo parte da minha equipe, pra ele o êxito é mais importante do que qualquer outra coisa, e essa missão é grande, eu quero finalizar ela com excelência, e tenho certeza que ele vai fazer de tudo pra conseguirmos isso, até se for preciso me deixar pra morrer, e caso ocorra o contrário, eu quero conseguir deixá-lo sem peso na consciência, o que com certeza eu facilmente faria.- Falei e sorri no final, sim, com certeza eu deixaria ele pra morrer facilmente, mas claro que espero que não seja necessário.
Ela se encostou na cadeira, aquela cadeira enorme, que a deixa com ar de poderosa.
— Eu pretendia pedir também um bom motivo pra levar o novato, mas quer saber? - Negou com a cabeça. — Faz como você quiser, seu poder de persuasão é algo indescritível, Jauregui, devo parabenizá-la por isso, embora às vezes isso me traga confusões, mas enfim, a equipe é sua.
— Obrigada, general. - Falei e ela apenas maneou a cabeça, não falou mais nada, e também não encerrou a transmissão, o que me obriga a continuar ali, parada, com ela me olhando — Posso me retirar?
— A vontade. - Respondeu e no mesmo instante a tela ficou escura.
— Poderia ter feito isso antes. - Falei olhando pra tela onde pisca um "transmissão finalizada".
Peguei meu celular em cima da mesa e saí da sala, retirando as bandagens da minha mão durante o caminho até meu quarto. Quando entrei bati a porta e soltei o celular na cama, abri a gaveta do criado mudo e puxei de lá a pasta que analisei durante toda essa semana que se passou, pela primeira vez eu estou sendo encarregada de uma missão, eu vou está no comando e eu vou ter minha própria equipe. Mas sendo sincera, agora acho que isso não seja tão legal quanto aparentava, parece que o peso fica maior, o medo de falhar, e se tem uma coisa que não posso é falhar nessa missão, tem muita gente aqui dentro com raiva pelo fato da general ter dado essa missão pra mim. Já foram montadas três grandes equipes para tentar desmanchar essa rede de narcotráfico que está causando dor de cabeça para o governo norte americano, mas as três foram sem sucesso, para ser mais clara, os nossos agentes foram assassinados, então das duas uma, ou saio de lá com uma medalha no peito e diretamente para a lista de queridinha da agência, ou dentro de um saco com o corpo todo desfigurado, isto é, se existir um corpo depois. Virei a página e peguei a foto do chefe da quadrilha, cabelo loiro, alto, branco, e o corpo cheio de tatuagens, olhei o verso da foto, onde se encontra o nome dele: Machine Gun Kelly.
