Lauren POV
Eu que pensei que seria fácil dormir, não foi, o colchão, ultrapassando qualquer barreira da compreensão, consegue ser mais duro do que o chão, das 7 pessoas que tem naquele bloco, todas estão presentes, chegaram com o dia já amanhecendo, e a julgar pela explicação do Thomas, isso significa que agora o Gun está em casa. Eu ainda não sei do que serei encarregada, mas espero que da mesma coisa que as outras pessoas do meu bloco, que é a segurança pessoal do Gun.
Me levantei um pouco depois que os outros chegaram, aproveitei que eles deitaram e fui tomar banho, quanto menor as chances de entrar gente aqui, melhor, me vesti lá mesmo, coloquei uma calça jeans, e uma camisa branca sem estampas. Quando retornei para o quarto, notei Thomas já sentado na cama dele, com a cabeça apoiada nas mãos e olhando para o chão.
— Reflexão do dia? - Perguntei
— Sono do dia. - Olhou pra mim e coçou a cabeça. — Na verdade acho que sono da vida. - Rolou os olhos e se levantou. — A chefe vai sair em 30 minutos, como o resto do pessoal chegou agora pela manhã, eu escalei você pra ir com ela, certo?
— É você que faz isso? - Perguntei e ele afirmou com a cabeça enquanto vai até o baú posicionado ao pé da beliche, todas as outras camas tem um daquele. — Isso significa que realmente vou fazer parte da segurança pessoal deles?
— Sim. - Respondeu simples e puxou uma camisa do baú. — Você foi mandada direto pra cá, então já faz parte da proteção pessoal do casal. - Fechou novamente o baú e virou-se pra mim. — Te surpreende que o crime realmente seja organizado?
— Pra ser sincera, bastante, esperava uma coisa mais… - Gesticulei com as mãos, tentando encontrar as palavras. — Mais selvagem, sei lá. - Falei e ele riu.
— Vamos deixar isso pra criminosos de bairro, a gente tá na elite. - Fez sua trajetória até o banheiro, mas antes de entrar olhou pra mim mais uma vez. — Termino rapidinho, se quiser pode me esperar.
Ele entrou, mas graças a Deus não ficou em nenhum dos chuveiros perto da porta. Olhei para os lados, todos dormindo, e pra piorar a maioria roncando, talvez o que me mate aqui seja a convivência com essas pessoas, gosto de privacidade e silêncio, coisa que claramente não vou ter aqui, passei meus olhos pelas câmeras mais uma vez, tentando identificar algum ponto que elas não pegam, e acho que esse ponto não existe. Olhei a hora no relógio do meu pulso, 07:36, fui até minha mala e peguei minha arma, a colocando na parte de trás da minha calça, acho que tenho que aprender a conviver com aquilo, mesmo eu trabalhando como agente, e aquele ser um dos nossos instrumentos indispensáveis, eu sempre largo elas de mão nas missões rotineira, o que não posso fazer agora, já que a qualquer momento minha identidade de infiltrada pode ser revelada. Resolvi não esperar pelo Thomas dentro do bloco, reconhecimento da área é essencial, como quem aproveita o sol da manhã, eu caminhei até a parte de trás da casa dos Machine, onde fica também o terceiro bloco, e é tão vigiado quanto o resto do local. Através de uma das janelas do segundo andar, eu pude ver Gun ao telefone, Camila passou algumas vezes pela janela, em uma das vezes tive a impressão que ela iria olhar ali pra baixo, então resolvi voltar para a porta do bloco 2, de onde Thomas já estava saindo.
— Você vai com a gente? - Perguntei.
— Não, e agradeça por isso, não sou bom no soco, e muito menos com armas, minha colaboração aqui é intelectual mesmo. - Abaixou a cabeça e começou a sacudir o cabelo com as mãos, fazendo respingar água para todos os lados. — Tem horas aí?
— Oito e dez. - Respondi e ele ergueu novamente a cabeça.
— Pelo visto você vai levar um chá de cadeira, bem vinda, ela tem dessas.
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Do Outro Lado da História
Fiksi PenggemarExistem dois lados? Mocinhos e Vilões são coisa de ficção ou são reais? Camila Cabello, chefe de um dos maiores cartéis de drogas da América do Norte. Lauren Jauregui, agente da NSA, que recebeu uma missão: desmontar o cartel de Camila, pra isso, el...