Vinte Dias

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Lauren POV

 Eu e Camila ficamos em frente ao bar até o sol nascer, quando Billy fechou e nos viu lá ainda, veio conversar conosco, mesmo no fim do expediente, o homem ainda estava com um sorriso no rosto, e nos fez prometer voltar lá. 

— Você tá louca em sair no meu carro sem a minha permissão? - Uma mulher falou, quando viu eu e Camila passando pela porta da pousada. 

 Olhei para trás, em busca da dona da voz, uma mulher loira, alta, e extremamente elegante nos olha.

— Oi pra você também, Darla. - Camila disse com um falso sorriso.

Então essa é a tal Darla que Rey e Liam comentaram.

— Eu deveria ter colado a polícia atrás de você. - A mulher disse ameaçadora. 

 Camila riu alto.

— Aí eles teriam que levar você junto, né? Imagina, eu e você na mesma cela, que delícia. - Camila disse, com desprezo. 

 A mulher ia rebater, mas Gun acabou de chegar ao hall.

— Já tá brigando com a Camila, mãe? - Ele perguntou, parando perto da mulher.

 Deu um beijo no rosto da mãe, mas ela limpou e se afastou dele.

— Leva essa mulher daqui, agora! - Darla disse irritada e saiu por um dos corredores. 

— Por que você ainda trata essa psicopata com carinho, Gun? - Camila perguntou, revoltada. — Entenda seu valor, pelo amor de Deus.

 Ele se aproximou de nós, segurou o rosto da esposa entre as mãos e deu um beijo na sua testa, como resposta ela rolou os olhos.

— Ela é minha mãe, Camilinha. - Ele disse com graça. — É o jeito dela. - Passou a mão no rosto e olhou pra mim. — Lauren te contou o que aconteceu na Zondra? - Perguntou rindo. — Porra! A mulher ficou louca, Camilinha, você precisava ver, pareceu você brigando com ela naquele dia.

 Alternei o olhar entre eles dois, Camila tá com cara de poucos amigos, mas acredito que pela Darla ainda, e não pelo que ele acabou de falar. 

— Eu vou pegar minhas coisas. - Camila disse e saiu em direção ao seu quarto. 

 Fiquei parada, vendo ela se afastar, assim como o Gun.

— Mulher estressada. - Gun disse negando com a cabeça. — Vai lá, ver se ela se acalma. - Ele disse pra mim e saiu na mesma direção que sua mãe há poucos minutos. 

 Eu? Que casal sem nexo.

 Fui até o quarto de Camila, a porta estava aberta, então apenas parei lá.

— É normal atritos com a sogra. - Falei e ela me olhou por cima dos ombros.

— Essa mulher é desprezível. - Negou com a cabeça e passou a fechar sua mala. — O problema não é que ela não gosta de mim, sabe? Foda-se ela. - Virou pra mim. — Você viu ela limpando o rosto? Ah vai se fuder, ele é filho dela, mas que porra!

— Vi sim, tem pessoas que não nascem pra ser mãe, e tá tudo bem.

— Não tá não, tá tudo péssimo, ele já é fudido da cabeça, e ela não colabora, mãe de bosta, criação de bosta. - Disse revoltada.

 Entrei no quarto e fechei a porta. Parei de frente pra Camila e a puxei pra perto de mim.

— Não deixe ela te estressar. - Rocei o nariz no dela. — Ela parece ser péssima mesmo, mas não vale seu estresse. - Dei um selinho. — Uma hora a conta chega, sempre chega.

Do Outro Lado da HistóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora