Lauren POV
— Eu acho que foi um passo arriscado, mas pode dar certo. - Ricky disse olhando pra mim, que estou deitada no sofá da "nossa casa”.
— Ela agiu normal depois que você beijou ela? - Marie perguntou preocupada.
— Sim, super normal, ela queria ir além, mas preciso de alguma coisa pra me manter útil, quem garante que depois disso ela não vai meter uma bala na minha cabeça? - Falei.
Marie fez uma careta, e Ricky soltou uma risadinha nasal.
— É bom você caprichar, o sucesso da nossa missão depende disso agora. - Ricky disse se levantando. — Missão sexual. - Completou, e eu tive a impressão que ele tentou ser engraçado.
Efeitos de uma convivência diária com a Marie?
— Obrigada por me lembrar. - Me sentei. — Seria bem mais fácil se fosse com Gun, ela é muito prepotente, o que me faz quase sair do disfarce e mandar ela pra puta que pariu.
— Não é qualquer uma que comanda o Narcotráfico de uma forma impecável como ela, até agora não sabemos de onde eles trazem as substâncias, e por onde elas entram na América. - Ricky disse, se encostando na mesa e cruzando os braços.
— O Gun é o chefe. - Falei.
— Não, a Marie tinha razão. - Ricky disse, e vi ela sorrindo. — Ele acha que é, qualquer um percebe que ele que tá mais pra braço direito do que ela, a gente nem tinha conhecimento da existência dela, ela usa o Gun como escudo, se a casa cair, ele cai sozinho.
— Nunca que vou deixar isso acontecer, ela vai cair junto com ele, eu vou me dedicar em recolher provas da participação dela. - Falei convicta.
— Por que simplesmente não cercamos a casa e prendemos eles? - Marie perguntou, eu e Ricky olhamos pra ela no mesmo instante.
Ela só pode estar brincando.
— Sério? - Ricky perguntou, prepotente. — Você sabe qual é a nossa missão?
— Prender eles. - Marie respondeu.
Ele olhou pra mim.
— Eu não sou pago pra aguentar esse tipo de coisa. - Ricky disse e se retirou.
— Não estou certa? - Ela perguntou olhando pra mim.
— Mais ou menos, não é só isso que queremos, prender eles vai ser apenas uma consequência de todo o resto, o tráfico local é abastecido, eu diria, que pelo menos em 80% por eles, desmontar o negócio deles vai um pouco além, precisamos saber de onde as drogas vem, cortar o mal pela raiz, não adianta apenas prender eles, porque quando um chefe cai a ascensão de outro ocorre com muita facilidade, e não queremos isso.
— Ah! - Vi as bochechas dela corarem. — Entendi.
Neguei com a cabeça e me levantei.
— Mas enfim, agora preciso ir, não posso sair por muito tempo, usei apenas a desculpa que iria encher o tanque do carro.
— Tudo bem, boa sorte. - Desejou, enquanto eu pegava as chaves em cima da mesa.
— Obrigada. - Fui em direção a porta, mas tive que voltar. — Me faz um favor? - Perguntei, puxando uma folhinha do bloco de notas que está em cima do balcão. — Entrega isso aqui pra o Ricky, pede pra ele fazer um levantamento sobre essa pessoa, que quando eu tiver tempo venho buscar a ficha.
— Thomas Mcdonell? - Leu em voz alta o que eu escrevi.
— Isso, preciso saber o máximo possível sobre ele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Do Outro Lado da História
أدب الهواةExistem dois lados? Mocinhos e Vilões são coisa de ficção ou são reais? Camila Cabello, chefe de um dos maiores cartéis de drogas da América do Norte. Lauren Jauregui, agente da NSA, que recebeu uma missão: desmontar o cartel de Camila, pra isso, el...