Festa

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Tenho duas notícias. Uma boa e uma ruim.
A boa é que amanhã vou fazer uma maratona com vocês.

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— Sarah! Cadê o carvão, Sarah?

— Ô Sarah, você falou com o pessoal da iluminação?

— Amor, ajeita isso aqui pra mim.

Sarah sentou-se de uma vez no sofá, sendo cercada por sua família e amigos. Colocou as mãos nos ouvidos e respirou fundo.

— Olha só — Esbravejou — Vamos organizar direito esse caralho? É Sarah pra cá, Sarah pra lá. Não tem quem aguente! Primeiro você mãe, vai. O que é?

— Você falou com o pessoal da iluminação?

— Falei, mãe! — Suspirou — Pai, você agora.

— Cadê o carvão que eu pedi?

— Você não me pediu, você pediu ao Arthur e ao Gilberto. Lembra? 

Alfredo abriu e fechou a boca, recordando-se do seu pedido e apenas assentiu, voltando ao que fazia anteriormente.

— Juliette, você.

— Tá me chamando assim por que? Me odeia agora? 

— Esse é o seu nome, ué. Quer que eu chame como?

— Amor! — Sentou em seu colo — Repita comigo: a-m-o-r.

— Juliette.

No mesmo instante, a loira levou um tapa em sua cabeça.
Juliette saiu bufando de seus braços indo em direção a cozinha. O dia não estava sendo nada fácil para nenhuma das duas, ou melhor, desde ontem que nada vem sendo fácil. Estavam organizando tudo para a festa que aconteceria a partir das oito da noite. 

Eles contrataram uma equipe responsável pela decoração, petiscos, o jantar, além da iluminação do jardim e da casa que Abadia tanto insistiu. Tudo estava uma correria para todo mundo. Até porque amanhã mesmo os oito amigos iriam viajar, incluindo o irmão de Juliette e Arthur. 

Havia malas para organizar. E como se não bastasse as demais coisas, havia duas crianças que estavam dando trabalho. Uma no útero da morena e outra correndo pela casa.

— Titia Ju, posso? — Apontou para uma travessa de doce.

— Depois do almoço, amor. — Falou simples e a menina bufou — Sua mamãe já liberou você pra comer doces?

Ela negou com a cabeça.

— Mas eu libero! — Entregou duas balas em suas mãos — Só hoje, hein? Nada de contar pra loira. — Falou baixo perto de seu ouvido.

— O que é isso aí, hein? — A voz de Sarah rompeu o silêncio das duas na cozinha.

— Corre, Clara! Corre. 

A menina correu, com as mãozinhas fechadas.
Juliette apenas riu, sentindo o corpo da loira abraçar o seu por trás.

— O que eu disse sobre doces? 

— Só hoje, Sarah! Deixa de coisa. — Derramou metade da calda de chocolate na travessa — E já era pra ter tirado ela disso. Faz duas semanas! 

— Vou tirar sim. 

— Dá pra tu me largar? Calor da moléstia desses e tu agarrada em mim, Sarah. Dá certo isso não! Me solte antes que eu cometa um crime de ódio, vá.

— Hoje tu tá braba demais, o que é isso hein? — Soltou seu corpo rapidamente, sentando em um dos bancos — Por Deus!

— Tô aperriada, só. — Bufou — Eu odeio estar assim. Me sinto cansada, meus pés doem, já vomitei três vezes

Reinício | SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora