Aconchego

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Sofre, chora, morre e ressuscita

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Pov Narrador

Em uma casinha de madeira isolada do mundo que caía lá fora, junto com a chuva, Sarah e Juliette estavam abraçadas em uma cama de casal.

A lareira aquecia seus corpos, assim como o cobertor. Andrade fazia um carinho na lombar da morena. Suas unhas subiam e desciam por suas costas. Verdadeiramente ela se sentia em paz.

Após se reencontrarem na ponte, Sarah a levou para seu carro, dirigindo-se até um hotel dentro de uma área preservada que estava interligada a natureza. Nenhuma das duas queria ir pra casa agora. Tão pouco dar explicações.

- Posso perguntar uma coisa a você?
Juliette assentiu.

- Você está mesmo com ele?

- Eu nunca faria isso comigo mesma. - Riu sem humor.

- E a aliança?

- Comprei nesses meses. Como devolvi a nossa, eu quis lembrar de você... Bom, de alguma forma.

Sarah levantou-se e tirou do bolso duas alianças. Suas alianças. Pegou a mão da morena e retirou aquela que havia sido comprada, colocando a que realmente importava. Beijou sua mão e deixou um selinho breve em seus lábios.

- Quero colocar a sua...

- Vou ter que comprar outra, amor. Essa fica folgada agora. - Falou divertida, fazendo sua namorada rir outra vez.

- Eu tenho tanta coisa pra falar e ao mesmo tempo, eu... - Suspirou - Não consigo.

- Podemos ficar apenas em silêncio se você quiser. Eu também não consigo falar sobre o que sinto agora.

- Não podemos adiar essa conversa amor. - Tocou suavemente em seu rosto.

- 8 meses?

Juliette franziu o cenho. Mas assim que desceu o olhar e sentiu a mão em sua barriga, abriu um sorriso sem mostrar os dentes.

- Sim, oito. Nosso Ian!

Sarah a puxou para um beijo lento, introduzindo sua língua na boca da morena. A beijava com devoção, como se quisesse saborear tudo o que ela tinha a oferecer. Puxou seu lábio inferior e deixou alguns selinhos, como sempre fazia.

— Segundo um aplicativo, ele está com o tamanho de um filhote de cachorro ou podemos fazer uma analogia a fruta moranga.

Sarah riu.

- Sabia que ia ser menino. - Se gabou, arrancando uma gargalhada da mais baixa - Isso me lembra um acordo.

- O quarto! - Beijou novamente seus lábios - O.k, tudo bem. Eu ainda não me mudei para aquele apartamento, sabia?

Sarah assentiu.

- Você pode ajeitar o quartinho dele então. Confio na sua habilidade de decoração.

- Sabe o que pensei? Mas só se você aceitar, claro.

Juliette maneou a cabeça para que sua namorada pudesse prosseguir.

- Quando esse carinha aqui nascer, você pode ficar lá em casa ou me deixar ficar na sua. Quero ajudar.

— Acho que preciso lembrar você de três coisas... Você tem casa, trabalho e uma filha.

— Do trabalho, eu fico um mês fora e deixo meus irmãos assumindo meu lugar. Na casa, tem quem cuide. Da minha filha, eu posso me revezar tranquilamente entre dar atenção a ela e a você.

Reinício | SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora