🎼 capítulo 15.

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( 15. consequência )

Paul tinha sumido. Dois dias depois de tudo aquilo, Jacob veio com Isabella perguntar se Lahote não estava na minha casa. O Quileute explicou por cima, depois de se transformar, Paul fugiu da reserva e foi para o mais longe que podia e depois não tinha se transformado mais, desconectando sua mente do resto dos garotos, e por isso ninguém sabia onde ele estava.

O telefone dele ficou em casa, junto de todas as suas, e eu tinha perdido o contato com ele totalmente por causa de um erro meu. Um erro imaturo e guiado pelo meu medo e insegurança. A matilha estava me vigiando: de acordo com eles, o afastamento do alvo do imprinting pode ser cruel. Os dois sentiriam as dores de ficar afastados, mas o lobo estaria sofrendo mais. Como não tinham o que fazer, todas as tardes um dos meninos checavam como eu estava e depois ia embora.

Por três semanas, esse foi o maior contato que tive com qualquer coisa que me ligasse ao Paul. E isso estava me matando.

Vejo papai estalar os dedos diversas vezes na frente do meu rosto e pisco os olhos, ignorando a dor de cabeça latente que começava a ameaçar. Olho para ele, focando sua imagem e percebendo que ele estava falando comigo há muito tempo e eu não estava ouvido, o que sua cara emburrada indicava.

Suspiro, sinalizando um pedido de desculpas que ele faz questão de ignorar. Papai era bom. O melhor pai que eu poderia pedir, mas sua fixação por me fazer falar ao invés de sinalizar estava me irritando. Me irritando demais.

— Fale, Sarah. Por favor, filha.

Bufo, fechando o notebook e coço meus olhos, cansada de tudo aquilo. Três semanas sem conseguir dormir direito era meu limite. O corpo estava reclamando, o cansaço parecia pegar cada parte de mim e fazer meus membros ficarem pesados. Mas quando eu deitava na cama, o olhar quebrado de Paul era tudo o que eu via.

E ele me assombrava a noite toda.

— Vou para o meu quarto. — Murmuro baixo, sentindo minha garganta vibrar com a nota grave e me levanto, afastando a cadeira da mesa. — Estou cansada. — Paro por um minuto, sabendo que estava sendo sem educação com alguém que não tinha culpa nenhuma na história toda. — Desculpa, pai. Eu só quero deitar.

Eu sei que eles não faziam por mal, mas estavam me sufocando depois da crise de ansiedade no carro. Papai e mamãe tinham tirado umas férias, e ficavam o dia todo em cima de mim, como se toda a depressão e problemas fossem voltar.

E, para ser sincera, parecia mesmo que estava voltando. Não podia julgá-los. Se eu estivesse no lugar deles, pensaria o mesmo.

Papai suspira, o cansaço aparecendo em seus olhos e assente. Saio da da biblioteca, onde ele estava me ajudando com os conteúdos escolares e sigo em direção ao meu quarto. Mas, quando levanto meu pé para colocar na escada, sinto todo o meu corpo ficar mole e, quando dou por mim, eu só consigo ver o teto branco demais para o meu gosto e depois o mais completo escuro.

𝐄𝐔𝐓𝐎𝐍𝐘, 𝑡𝑤𝑖𝑙𝑖𝑔𝘩𝑡Onde histórias criam vida. Descubra agora