CAPÍTULO 4

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𝐌𝐀𝐉𝐔

"Embarque no vôo 1775 para Londres por favor embarcar no portão 3."

Essa era a segunda chamada do vôo do Guilherme.

— Por favor, não esqueça que eu amo você e que nem essa distância vai fazer esse amor diminuir.- Falei já chorando.

— A gente vai casar e ter um time de futebol.- ele selou nossos lábios.

— Eu te amo.- falei quase que num sussurro.

— Eu também.- ele me abraçou.

Aquela voz novamente ecoou por todo aeroporto era a última chamada. Guilherme se despediu dos meus pais, do pai dele e por fim de mim. Iniciamos um beijo lento cheio de saudades, ele me apertou contra o corpo dele e paramos o beijo, ele beijou minha testa e a mãe dele chamou ele já impaciente.

À medida que ele ia entrando por aquele túnel eu sentia mais vontade de chorar, assim que ele sumiu eu desabei literalmente, senti o abraço dos meus pais que foi o que me confortou naquele momento.

Assim que o avião decolou levando o amor da minha vida embora, a gente foi pra casa, assim que chegamos eu fui direto pro meu quarto e me joguei na cama desabando, chorei como nunca havia chorado na vida, meu peito doía tanto que me faltava o ar, ele não viria mais me acordar nos finais de semana, não iria me levar na praia só para ver o pôr do sol. Ele agora estava longe e não voltaria na semana seguinte.

Não conseguia parar de chorar, era como se metade de mim estivesse faltando e eu precisasse dessa parte pra continuar viva, eu queria ele perto, mas não podia deixar que ele parasse sua vida por minha causa, era o futuro dele, e o meu também, minha cabeça começou a doer um pouco e eu soluçava já, não sei em qual momento eu peguei no sono.

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Algumas horas mais tarde acordei com alguém fazendo carinho em minha cabeça, fui abrindo meus olhos lentamente e vi meu pai sentado ao meu lado, me sentei na cama e me encostei na cabeceira da mesma.

— Ei minha pequena vamos comer alguma coisa, já são sete horas.- meu pai disse acariciando meu rosto.

— Estou sem fome.- sorrio fraco.

— Minha filha tem que comer, o Guilherme não iria querer que você ficasse sem comer.- ele respirou fundo.

— Mas eu to sem fome.- respondi sem animo.

— Vou descer, e quero você lá embaixo pra jantar daqui a cinco minutos.- ele beijou minha testa.

Assim que meu pai saiu do quarto eu fui direto pro banheiro tomar um banho, tava precisando, deixei aquela água quente cair sobre meu corpo me fazendo despertar, fiquei uns dez minutos ali de baixo do chuveiro, e sai enrolada na toalha.

Fui até meu guarda roupas, peguei um conjunto de baby doll e vesti, calcei minhas sandálias e sai do quarto, desci as escadas e fui pra cozinha, assim que cheguei minha mãe sorriu ao me ver.

— Minha filha fiz seu prato favorito, caldo de ervilha com bacon.- minha mãe sorriu animada.

— Obrigada, mas não estou com muita fome.- me sentei.

— Mas vai comer um pouco.- meu pai me olhou sério.

— Tá bom.- suspirei.

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