CAPÍTULO 25

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GUILHERME

A ligação da Maju me deixou extremamente ansioso. Ela pediu pra ir na casa dela.
Eu estava nervoso, minhas mãos estavam frias e minhas pernas tremiam. Estava me sentindo como no dia em que pedi ela em namoro.
Cheguei na casa dela e toquei a campainha.

— Oi.- a mãe dela me atendeu.

— Oi.

— Entra.

Passei por ela e entrei na sala.
Tudo estava exatamente como eu me lembrava, entrar naquela casa depois de tanto tempo me causou uma sensação estranha e um nervosismo muito grande.

— Escuta, eu sinto muito por ter batido em você. Não tinha esse direito.

— Tudo bem.

— Você sabe o caminho.

Ela não disse mais nada. Eu respirei fundo e subi a escada. A cada degrau que eu subia meu coração ficava mais disparado.
Maju estava sentada na cama, com um livro na mão. A porta estava entreaberta mas mesmo assim eu bati.

— Entra.

Abri mais a porta e dei um passo pra dentro.
Não foi assim que eu me imaginei voltando ali. O cheiro conhecido do quarto dela me invadiu, meu coração vacilou e minhas pernas tremeram.

— Oi.

— Senta.- ela indicou uma cadeira perto da cama.

Caminhei até ela e me sentei, muito agradecido por ter um apoio.

— Você tá bem?

— Vou sobreviver.- ela forçou um sorriso.

— Que bom.

Ficamos em silêncio por alguns minutos.
Eu quase podia ouvir as batidas do meu coração.

— Eu sei que você já sabe sobre a Vitória.

— Sim.

— Te devo desculpas. Por ter escondido isso de você.

— Foi um erro.

— Sim, eu sei. Mas eu estava assustada e machucada. Agi sem pensar.

— Eu entendo.

— Preciso ouvir a história, Guilherme. O que aconteceu em Londres?

Eu respirei fundo. Tinha tanto pra falar que não sabia por onde começar.

— Bom...sinceramente eu também tô tentando entender.

— Me fala sobre sua mãe.

Então ela já sabia. Não fiquei surpreso com isso. Lorenzo e Luisa provavelmente falaram algo.
Não tinha motivos pra esconder as coisas dela, então comecei a falar. E contei tudo o que sabia.

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MAJU

Eu podia sentir minha boca se abrir cada vez mais conforme ele ia me contando o que aconteceu.
Já sabia que a mãe dele era meio doida, mas aquilo era totalmente insano.

— Não acredito que ela fez isso tudo.

— Sinceramente eu também não consigo acreditar ainda.

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