CAPÍTULO 11

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MAJU

Mais uma semana se passou e eu estou começando a me sentir em casa. Meu avô está começando a ficar mais gentil comigo, me diz bom dia pelo menos.
Pedro e eu estamos mais amigos e eu me divirto muito caminhando com ele pela fazenda.

— Querida, temos que ir.- minha avó me apressou.

Suspirei e me levantei da mesa. Hoje seria minha consulta com o obstetra. Meu primeiro ultrassom.

— Voltaremos antes do almoço.- ela disse para o meu avô.

Sorri pra ele e me despedi. Ele apenas acenou com a cabeça.
Minha avó e eu entramos no carro e saímos.

O consultório ficava na cidade mais próxima, não demorou muito pra chegarmos lá.
Dei meu nome pra recepcionista e me sentei em uma das cadeiras.

— Está ansiosa?

— Não.- respondi secamente.

— Ah, para. É seu primeiro. É claro que você está.

Suspirei e peguei uma revista. Eu ainda não estava preparada pra falar sobre aquilo. Tinha aceitado a situação porque não tinha outra saída, mas gostar já era outra coisa.

— Maria Júlia.- a recepcionista me chamou.

Me levantei e minha vó me seguiu até o consultório. O médico sorriu e apertou nossas mãos.

— Podem se sentar. Eu sou o doutor Marcos, muito prazer.

— Eu sou a Eva e esta é minha neta, Maria Júlia.

— Muito bem, o que trouxe você aqui?- ele se virou pra mim.

— Eu tô grávida.

— Sabe de quantas semanas?

— Dois meses e pouco.

Ele foi anotando conforme eu fui respondendo as perguntas dele. No final ele me pediu para tirar a roupa e colocar uma camisola que ele iria fazer a ultrassom.
Me levantei e me troquei, esperando ele na salinha ao lado do consultório.

— Pode se deitar por favor.- ele sorriu ao entrar.

Eu me deitei e apoiei meus pés nos apoios.

— Você vai sentir uma leve pressão.

Eu fechei os olhos e suspirei quando o aparelho deslizou para dentro de mim. Permaneci de olhos fechados o tempo todo, ele e minha vó conversaram durante o exame todo.

— Prontinho, pode se trocar.

Esperei eles saírem e me troquei.

— Então Dr, está tudo bem com o bebê?- minha avó perguntou ansiosa.

— Está sim, perfeitamente bem. Eu vou pedir alguns exames de praxe pra você Maria Júlia, só pra ter certeza que está tudo certo.

Eu balancei a cabeça.

— Já dá pra saber o sexo?- minha avó perguntou.

— Ainda não, daqui umas duas semanas talvez a gente consiga.

Ele sorriu e preencheu os pedidos de exame.

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